segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Quando os Pequenos Pensam Pequeno

Quem me conhece sabe que todo início de Gauchão eu tenho a esperança de que chegue o dia em que o interior triunfará sobre a duplinha. Sempre espero o dia que o Brasil fará uma campanha melhor que a do ano anterior. O dia em que subirá para a Série A do Gauchão e mais adiante, para a Série B do Brasileirão.

Sonhos que nunca acontecem. Daí me pergunto: porque os pequenos nunca crescem? E aos poucos vou descobrindo que são pequenos porque pensam pequeno.

Exemplo 1) em Lajeado, tentei comprar a camiseta do Lajeadense para engrossar minha coleção. Tinha? Claro que não. Em três lojas a resposta foi a mesma: nunca vi para vender. E isso que o Lajeadense poderia ter aproveitado a euforia de subir à primeira divisão para vender produtos do time. Não o fazem e perdem o momento de fazer nome, dinheiro e mídia.

Exemplo 2) meu queridíssimo rubro-negro pelotense, que até tem buscado se profissionalizar e pensar um pouco além de suas possibilidades, lançou a louvável campanha de sócios para o centenário do clube. Traçou como meta um número bastante ousado para o interior: 10.000 sócios até o dia 7 de setembro. Bacana! Mas e daí pergunto: quem não mora em Pelotas consegue se associar? A resposta é um puta NÃOZÃO, assim em maiúsculo mesmo.

Há tempos, aproveitando um ida à Princesinha, fui me associar. Era sábado, perto do meio-dia. Fui à secretaria do clube: fechada! Lembrei que na loja também poderia me associar: fechada! Questionei, depois, sobre a possibilidade de me associar pela internet ou por telefone: só pessoalmente. Então querem chegar aos 10.000 como???

Contra-exemplo) ao contrário desses dois, estive dias desses em Gravataí, terra do Cerâmica. O Clube fica perto do foro e como cheguei bem antes da audiência, fui caminhando até a sede deles. Belo projeto se vê ali. Um estádio acanhado, porém impecável. Bem pintado, bem cuidado. Gramado liso. Gramado suplementar. Lojinha com muito produtos do Cerâmica, vários modelos de camiseta (comprei uma). Do outro lado da rua, um alojamento das categorias de base.

Conversei rapidamente com um integrante do clube que estava na lojinha. Me contou que o Cerâmica se organizou financeiramente. Tem receita fixa que garante a manutenção do clube. Falou que pretendem subir à primeira divisão nos próximos anos (deu na trave em 2010) e que pretendem se firmar, formar novos jogadores e reinvestir no clube. Um planejamento de 20 anos.

Quando eu falei que era torcedor do Xavante ele enlouqueceu. Disse que queria uma torcida como aquela e que não entendia porque o Brasil patina, patina e não sai do lugar.

O Cerâmica é um belo exemplo de planejamento. Não é por nada que chegou à duas finais de Copinha, e logo-logo ganha alguma.

Bem que os 'pequenos grandes' do interior poderiam visitá-lo e aprender a fórmula do pensamento planejado e para a frente.

Né mesmo, seu Brasil de Pelotas???

domingo, 2 de janeiro de 2011

2011 tá aí

Pela primeira vez na minha vida passei o reveillon fora de Pelotas. E pela primeira vez na minha vida passei a virada sem nenhum integrante de família, a não ser minha esposa e o meu filho que nascerá em março. Foi diferente. Um pouco estranho até. Mas pela primeira vez passei a virada do ano com minha própria família, a qual começaremos a formar neste 2011 com a chegada do Otávio (pretendemos mais um ou dois filhos - cada um a seu tempo).

Tive tempo para fazer uma retrospectiva de tudo que já vivi. Dos tempos de colégio, das temporadas no verão do Laranjal, cercado de família e amigos, dos tempos de handebol, dos tempos de início de namoro, dos tempos de Corsa amarelo, do Mazda, dos tempos da faculdade, da formatura, da vinda pra Porto Alegre, do amadurecimento, as vezes forçado e sofrido e tantas outras lembranças que não caberiam neste post. Memórias que sempre reúnem meus avós, meus primos e prima, meus tios e tias, meu irmão, meus pais. Memórias que mantém vivas pessoas importantes da minha vida que já se foram.

E olhando para trás vi que muito de tudo isso foi vivido ao lado da Débora, com quem casei e agora começo a constituir minha própria família.

Neste ano, completaremos 18 anos de relacionamento, tempo que considera o início de namoro em 1993, ignora um afastamento de 4 meses, e soma-se a isso 5 anos de vida em pecado e 2 de casamento. O tempo de uma vida, suficiente para que nós nem mais nos reconheçamos individualmente, de tão unidos que ficamos.

2010 foi um bom ano, de um modo geral. Foi o ano que recebi uma das melhores notícias da minha vida e que senti que, realmente, as coisas iam mudar por aqui. Já estão mudando.

E 2011 tá aí, reservando muitas emoções, expectativas e também preocupações. Afinal, será que vou conseguir educar um filho? Cuidar dele? Tudo isso assusta um pouco.

Não quero fazer previsões pois, quase nada do que imaginei para o ano anterior de fato aconteceu.

Pois então, que venha 2011!! E que traga muitas coisas boas!!