quarta-feira, 13 de julho de 2011

O Rock Morreu! (?)

O questionamento não é novo e até hoje não se encontrou resposta. E não á aqui que ela vai aparecer. Primeiro, porque nada mais difícil do que definir o que seja o rock ou rock and roll. Aliás, muitos afirmam que o rock and roll é diferente do rock. Sabe-se lá qual a diferença. Segundo, porque cada pessoa tem seu própio gosto musical e sua própria percepção dessa dúvida.

Não sou especialista em música, nem sou bom de rótulos ou definições. Apenas sou um voraz consumidor de música, apaixonado pela arte e um praticante eventual de bateria. E sinceramente, não sei definir exatamente o que seja o rock.

Quando penso no que seja o rock, logo penso em 3 bandas: AC/DC, Rolling Stones e Led Zeppelin.Pra mim, este três tem a cara do rock and roll. Claro que sei que o rock vai muito mais além dessas bandas.

O rock é eclético e tolerante. É algo que reúne diversas tribos, sons, ritmos e culturas. Parece contradição, mas o rock é pop.

Maior prova disso é motivo pelo qual se definiu o dia de hoje como sendo o "Dia Mundial do Rock". Esta data assim se definiu em razão do festival Live Aid, realizado neste dia, em 1985, em prol do combate a fome na Etiópia.

Neste festival, tocaram nomes de peso, como Led Zeppelin, The Who, Queen, Dire Straits, Eric Clapton e Black Sabbath. Mas também foi um festival que acolheu Madonna e Michael Jackson, grande ídolos pop, pra quem muito roqueiro torce o nariz.

Isso demonstra o quão eclético pode ser o rock e o quão difícil pode ser definí-lo. Diria até que é impossível traçar uma definição objetiva e, justamente, por isto, não se pode afirmar que o rock morreu ou não.

Mas posso afirmar que o coitado está na UTI!!

Eu havia feito um post há certo tempo que chamei de "Os Anos Criativos", destacando excepcionais álbuns que foram lançados entre 1990 e 1991. Nesta época surgiram, na minha opinião, as últimas grande obras do rock moderno, época em que descobri Black Crowes, Living Colour, Pearl Jam, Soundgarden, Nirvana, Alice in Chains, Ben Harper, Red Hot Chilli Peppers, Jamiroquai e tantos outros que enriqueceram a música naquela época. Sem falar nos anos 70, lógico.

Hoje em dia, tenho grande dificuldade de encontrar música de qualidade por aí. É cada vez mais raro identificar um grande talento, dentre tantas celebridades produzidas e fabricadas simplesmente como um negócio. Não que eu seja contra a venda de produtos pelo músicos. Claro que não.

Contudo, entendo que a música é uma arte e, como tal, não consigo concebê-la na forma como é feita modernamente, com visuais exagerados e forjados, músicas de composição terceirizada e milhões de dolares em muito, muito marketing que acaba por convencer qualquer um que determinado lixo é cool! E daí nasce um hit, nasce um ídolo e até um mito.

O rock tá aí. De gosto duvidoso, mas anda por aí.

Agora, se o rock morreu, cabe a cada um responder!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

199 de Pelotas

Sinto saudade da minha terra!!!

Há 8 anos deixei Pelotas para trás e dei início à minha trajetória profissional em Porto Alegre, onde acabei me estabelecendo, casando e tendo o meu filho. Viver aqui não é tão bom quanto em Pelotas, mas não posso me queixar daquilo que construí aqui. Olhando para trás vejo o quanto evoluí neste curto período.

Nesses 8 anos de Porto Alegre, vi o afastamento gradual dos vínculos que me prendiam à Pelotas. Vários amigos já não moram mais lá, meu pais faleceram, criei vínculos por aqui e, e visito a querida Princesa com menor frequência.

Hoje, quando fui em casa lamber a cria e almoçar, assisti ao Jornal do Almoço que apresentou uma pequena matéria sobre os 199 de Pelotas. Bastaram umas poucas (e belíssimas) imagens da cidade para que muitas memórias viessem à minha cabeça.

Já na primeira tomada, uma imagem da Catedral e do Gonzaga, colégio querido cujas cores defendi no time de handebol por 11 anos (continuei a vestir a camisa após sair do colégio). As imagens me trouxeram lembranças de momentos lá vividos, de professores, colegas e amigos que resistiram ao tempo e à distância.

Lembrei de um tempo mais remoto, dos veraneios no Laranjal, da casa do Vô Elysio lotada de gente, das festas de aniversário animadas pela tresloucada (no melhor dos sentidos) da Cely Maurício, das 'aventuras' noturnas de bicicleta pelas escuras ruas do Laranjal. Lembrei da Procópio, da época que Pelotas era cheia de riqueza.

Nada se compara a estar em Pelotas, passear no centro e encontrar diversos amigos. Nada melhor que dobrar a esquina e ouvir um grito de algum conhecido: PERI!! (ou "NEGÃO!!). Rememorei a época das festas: Nostravamos, Circuito Alternativo, Engenho Santa Inácia, Satolep, Palativm, Supérfluo e tantos outros lugares, repletos de vida, de alegria e de amizades. Tive saudade dos velhos tempos que, infelizmente, não voltam nunca mais.

Ao mesmo tempo em que lamentei o fato de não poder reviver momentos tão felizes que passei em Pelotas, fiquei feliz de ver a cidade radiante e otimista, na expectativa das comemorações do bicentenário. Ao que parece, o povo, empresários e políticos estão engajados na luta pelo desenvolvimento de Pelotas, encontrando nesta marca histórica o momento adequado para arregaçar as mangas. E que este bicentenário nos traga prosperidade.

Espero que um dia possa voltar. Se Deus quiser, em breve!

Parabéns, Pelotas!!!