quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Eterna E




Eu sempre gostei de tecnologia, mas nunca fui um grande fã das redes sociais. Nunca tive Orkut, por exemplo. Comecei devagarzinho com o twitter, mas jurei que não me dobraria a ‘esse Orkut da moda’ chamado Facebook. Entretanto, por onde eu ia, meus amigos e conhecidos me perguntavam: tu és meu amigo no Facebook?

A sociedade me pressionou e sucumbi ao Facebook. Apesar de nem entender direito como aquilo funcionava, comecei a encontrar amigos (os de verdade, que conheço pessoalmente) e logo havia localizado pessoas que não via há muito anos. Alguns há quase 20 anos. Começava a gostar dessa rede.

Num dia qualquer, digitalizo uma fotografia de 1990, tirada na escada do Salão de Festas do Colégio Gonzaga. A 7ª E posava para a “foto oficial” que o colégio instituíra naquele ano. Como eu havia localizado várias figuras daquela época pelo Facebook, achei que seria oportuno recordar aquele momento.

A despretensiosa postagem, surpreendentemente, desencadeou um sem número de comentários dos colegas e lá pelas tantas surgiu a idéia de nos reunirmos novamente. Pensei: Claro, por que não?

Levamos a idéia adiante, criamos um grupo no Facebook e graças a isso nos reaproximamos. Organizamos uma festa, marcamos alguns encontros “pré-festa”, combinamos detalhes da organização, relembramos histórias, estórias e fatos, revelações, declarações de amor não correspondidas, demos muita risada. Colegas do primeiro e do segundo grau se misturavam numa alegre comunhão. Um pequeno aperitivo do que viria no dia 23 de dezembro.

Acordei eufórico naquela sexta-feira, nervoso pensando se tudo daria certo como havíamos planejado. Corri para o Dunas as 9hs da manhã. Me encontrei com colegas e acertamos detalhes que estavam sob nossa responsabilidade. Deixamos o resto na mão do serviço contratado e corremos para o Gonzaga, onde encontraríamos outros colegas no pátio.

Aos poucos, apesar de sentidas ausências, foram chegando: sozinhos, com seus maridos e esposas, com suas famílias. Nos olhávamos, nos reconhecíamos, nos abraçávamos. Muitos de nós eram amigos inseparáveis na época do colégio mas que, por circunstâncias da vida, haviam se separado e nunca mais se visto.

Percebemos que éramos extremamente íntimos, mas ao mesmo tempo não sabíamos nada um do outro. Fomos sabatinando e sendo sabatinados a cada encontro, a cada abraço.

Depois de uma rápida, mas tocante ‘tour’ pelo colégio (com direito a foto na detonada sala de química), fomos todos ao Dunas, local na nossa festa, onde vivemos uma tarde mágica. Parecia que jamais havíamos nos separado. Quantas boas lembranças, quantas risadas.

Voltei de Pelotas com o espírito renovado, feliz por ver tantas velhas-caras-novas que serviram para me mostrar que nossa convivência no colégio nos permitiu construir sinceras amizades, verdadeiramente eternas, que o tempo e a distância não souberam apagar.

Apesar de ter que me dobrar à genialidade dos criadores das redes sociais que nos permitiram a reaproximação, não troco nenhuma ferramenta tecnológica pelo abraço, pela conversa e pelo momento que vivemos naquele 23 de dezembro.

Eterna E!!
Quero vê-los novamente!! Muito breve!!!


terça-feira, 6 de setembro de 2011

Ser Xavante


Para quem está de fora, ser xavante é algo incompreensível. Vejo isso na cara das pessoas aqui em Porto Alegre. Me perguntam (com sotaque dengoso, claro): - Bah, véio, tu é Colorado ou Tricolor? Daí respondo: - Nenhum! Sou Xavante!

O interlocutor olha, fica sem resposta e diz: -Ah!

Na cabeça dele passam mil tentativas de entender o porquê disso. Ele deve pensar que eu poderia torcer para um time campeão do mundo e bicampeão da américa, com grande estádio, torcidas às centenas de milhares. Mas ele não entende essa paixão que nos move.

As vezes, eu mesmo me pegunto, que sentimento é este que nos reúne em torno do Brasil? Porque sempre acreditamos? Porque, aconteça o que acontecer, temos esperança que tudo vá mudar?

Tudo isso é totalmente incompreensível para quem não é Xavante e não sente a paixão que sentimos.

Muitas vezes, somos maltratados pelo nosso próprio time. Vivemos angustiados, preocupados, nervosos... e ainda assim, enchemos as arquibancadas, colorimos os estádios (sim, estádios! O Brasil teve torcida até no Acre) com nossas cores e mostramos a todos o nosso sangue e a nossa raça. Somos capazes de cruzar o Brasil (país) em devoção ao Brasil (de Pelotas)!

Não importa se o título não vem! Se a classificação não chega! Se a vitória não acontece! Sempre estaremos lá, acreditando, sofrendo, rezando, chorando, vibrando, sorrindo, lamentando, cantando, TORCENDO!! Não fugimos à luta, como diz o hino do nosso país xará.

Ser Xavante é tudo isso ao mesmo tempo, e só quem é Xavante sabe o arrepio que dá quando a Garra faz sua clássica chamada... tum-tum, tum-tum-tum.... seguido de um ensurdecedor EEEEEEEEEE!!! e depois nossa marca registrada:

RUBRO-NEEEEEE-GRO-O!!

Ninguém nos compreende e jamais compreenderá. Só sendo Xavante pra entender!!

Avante com todo o esquadrão!!
FELIZ CENTENÁRIO

PEL 07/09/1911 - POA, 07/09/2011

quarta-feira, 13 de julho de 2011

O Rock Morreu! (?)

O questionamento não é novo e até hoje não se encontrou resposta. E não á aqui que ela vai aparecer. Primeiro, porque nada mais difícil do que definir o que seja o rock ou rock and roll. Aliás, muitos afirmam que o rock and roll é diferente do rock. Sabe-se lá qual a diferença. Segundo, porque cada pessoa tem seu própio gosto musical e sua própria percepção dessa dúvida.

Não sou especialista em música, nem sou bom de rótulos ou definições. Apenas sou um voraz consumidor de música, apaixonado pela arte e um praticante eventual de bateria. E sinceramente, não sei definir exatamente o que seja o rock.

Quando penso no que seja o rock, logo penso em 3 bandas: AC/DC, Rolling Stones e Led Zeppelin.Pra mim, este três tem a cara do rock and roll. Claro que sei que o rock vai muito mais além dessas bandas.

O rock é eclético e tolerante. É algo que reúne diversas tribos, sons, ritmos e culturas. Parece contradição, mas o rock é pop.

Maior prova disso é motivo pelo qual se definiu o dia de hoje como sendo o "Dia Mundial do Rock". Esta data assim se definiu em razão do festival Live Aid, realizado neste dia, em 1985, em prol do combate a fome na Etiópia.

Neste festival, tocaram nomes de peso, como Led Zeppelin, The Who, Queen, Dire Straits, Eric Clapton e Black Sabbath. Mas também foi um festival que acolheu Madonna e Michael Jackson, grande ídolos pop, pra quem muito roqueiro torce o nariz.

Isso demonstra o quão eclético pode ser o rock e o quão difícil pode ser definí-lo. Diria até que é impossível traçar uma definição objetiva e, justamente, por isto, não se pode afirmar que o rock morreu ou não.

Mas posso afirmar que o coitado está na UTI!!

Eu havia feito um post há certo tempo que chamei de "Os Anos Criativos", destacando excepcionais álbuns que foram lançados entre 1990 e 1991. Nesta época surgiram, na minha opinião, as últimas grande obras do rock moderno, época em que descobri Black Crowes, Living Colour, Pearl Jam, Soundgarden, Nirvana, Alice in Chains, Ben Harper, Red Hot Chilli Peppers, Jamiroquai e tantos outros que enriqueceram a música naquela época. Sem falar nos anos 70, lógico.

Hoje em dia, tenho grande dificuldade de encontrar música de qualidade por aí. É cada vez mais raro identificar um grande talento, dentre tantas celebridades produzidas e fabricadas simplesmente como um negócio. Não que eu seja contra a venda de produtos pelo músicos. Claro que não.

Contudo, entendo que a música é uma arte e, como tal, não consigo concebê-la na forma como é feita modernamente, com visuais exagerados e forjados, músicas de composição terceirizada e milhões de dolares em muito, muito marketing que acaba por convencer qualquer um que determinado lixo é cool! E daí nasce um hit, nasce um ídolo e até um mito.

O rock tá aí. De gosto duvidoso, mas anda por aí.

Agora, se o rock morreu, cabe a cada um responder!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

199 de Pelotas

Sinto saudade da minha terra!!!

Há 8 anos deixei Pelotas para trás e dei início à minha trajetória profissional em Porto Alegre, onde acabei me estabelecendo, casando e tendo o meu filho. Viver aqui não é tão bom quanto em Pelotas, mas não posso me queixar daquilo que construí aqui. Olhando para trás vejo o quanto evoluí neste curto período.

Nesses 8 anos de Porto Alegre, vi o afastamento gradual dos vínculos que me prendiam à Pelotas. Vários amigos já não moram mais lá, meu pais faleceram, criei vínculos por aqui e, e visito a querida Princesa com menor frequência.

Hoje, quando fui em casa lamber a cria e almoçar, assisti ao Jornal do Almoço que apresentou uma pequena matéria sobre os 199 de Pelotas. Bastaram umas poucas (e belíssimas) imagens da cidade para que muitas memórias viessem à minha cabeça.

Já na primeira tomada, uma imagem da Catedral e do Gonzaga, colégio querido cujas cores defendi no time de handebol por 11 anos (continuei a vestir a camisa após sair do colégio). As imagens me trouxeram lembranças de momentos lá vividos, de professores, colegas e amigos que resistiram ao tempo e à distância.

Lembrei de um tempo mais remoto, dos veraneios no Laranjal, da casa do Vô Elysio lotada de gente, das festas de aniversário animadas pela tresloucada (no melhor dos sentidos) da Cely Maurício, das 'aventuras' noturnas de bicicleta pelas escuras ruas do Laranjal. Lembrei da Procópio, da época que Pelotas era cheia de riqueza.

Nada se compara a estar em Pelotas, passear no centro e encontrar diversos amigos. Nada melhor que dobrar a esquina e ouvir um grito de algum conhecido: PERI!! (ou "NEGÃO!!). Rememorei a época das festas: Nostravamos, Circuito Alternativo, Engenho Santa Inácia, Satolep, Palativm, Supérfluo e tantos outros lugares, repletos de vida, de alegria e de amizades. Tive saudade dos velhos tempos que, infelizmente, não voltam nunca mais.

Ao mesmo tempo em que lamentei o fato de não poder reviver momentos tão felizes que passei em Pelotas, fiquei feliz de ver a cidade radiante e otimista, na expectativa das comemorações do bicentenário. Ao que parece, o povo, empresários e políticos estão engajados na luta pelo desenvolvimento de Pelotas, encontrando nesta marca histórica o momento adequado para arregaçar as mangas. E que este bicentenário nos traga prosperidade.

Espero que um dia possa voltar. Se Deus quiser, em breve!

Parabéns, Pelotas!!!

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Virgil Donati

ANIMAL!!!
Não consegui encontrar palavra que melhor definisse a workshop apresentada pelo Virgil Donati, hoje à tarde em Novo Hamburgo. Foi um grande privilégio aos entusiastas e amantes da bateria, por míseros R$ 40,00.

Esse Australiano de 52 (!!!) anos iniciou nesta semana a tour brasileira de sua clínica, que consiste num showzinho-humilhação-de-bateristas, algumas explicações sobre a técnica musical dele e resposta a algumas perguntas.

Neste pequeno espaço, Virgil Donati conseguiu mostrar porque hoje pode ser considerado um dos melhores bateristas do mundo. Rápido, versátil, vigoroso, criativo e extremamente habilidoso. Todos os adjetivos lhe servem. Fez um solo de quase 30 minutos, no qual esbanjou técnicas de toque duplo nos bumbos, levadas em tercina, compassos ininteligíveis e inclusive uma levada com 3 hi-hats!!

Donati explicou que sua carreira começou aos 3 anos de idade, que abdicou de muitas coisas em sua vida para estudar bateria, e que estuda, no mínimo, 3 horas diárias, sem contar os ensaios, as horas compondo, as gravações e shows. Tudo isso faz dele um dos bateristas mais bem conceituados da atualidade.

Bela oportunidade de ver de perto esse grande músico.

Pra quem não o conhece (o que é gravíssimo) vai um vídeo do rapaz espancando sua bateria.



domingo, 8 de maio de 2011

Renova-se a Vida

Hoje, segundo domingo de maio, foi o dia das mães. Datas como essa, para mim, tinham passado a ser mais um daqueles momentos em que sentia imensa saudade de meus pais. Especialmente nesta época, porque dia das mães e próximo do aniversário do meu pai, em 12 de maio.

Pra quem não me conhece, conto um pouco dessa história. Em 2006 perdi meus pais num intervalo de 3 meses. Primeiro foi minha mãe, que faleceu em 21 de março de 2006, após longos e angustiantes 9 dias de UTI, vítima de um derrame no tronco cerebral. Ficamos todos atônitos, sem saber o que fazer, imóveis. Uma situação incompreensível.

Meu pai, como é natural, ficou bastante triste e deprimido (eram casados há 38 anos), assim como o resto da família. Pouco tempo passou e uma péssima surpresa ainda estava por vir: em 8 de julho de 2006 meu pai foi encontrado em sua cama, já sem vida, pela Dilma (Silveira, não a Rousseff) que trabalhava lá em casa. A causa mortis foi um fulminante infarto, certamente acelerado pela tristeza que se instalara nele três meses e alguns dias antes.

Puxaram nosso tapete! Acabaram-se minhas referências na vida. Me senti sozinho, apesar de ter ao meu lado minha esposa, meu irmão e vários outros amigos e familiares

Meu irmão passou a querer exercer o papel de pai, mãe e irmão. Tudo ao mesmo tempo. E o tem feito até hoje.

Por alguns anos vivi triste, apenas deixando os dias irem e virem. Para mim, vivia uma situação absurda e incompreensível. Inexplicável, afinal de contas eles eram novos demais para morrer (62 e 67) e foi tudo muito rápido e inesperado. Sinceramente, pelo menos nos anos de 2007 e 2008 não me lembro muito bem do que fiz ou deixei de fazer.

Mas o tempo cura alguma feridas, modifica sentimentos e a gente percebe que, talvez, o que ocorrera jamais tenha uma explicação lógica e que a vida tem de continuar. Após algum tempo, passei a lembrar dos meus pais por lições, ensinamentos, frases, momentos engraçados e tudo mais que pudesse trazer boas lembranças junto do pensamento. Passou a dor e ficaram as boas memórias.

Entretanto, era inevitável que no dia dos pais ou das mães, por serem datas especiais bombardeadas por propagandas que nos lembram disso a todo momento, eu sentisse mais falta deles e relembrasse, na minha mente, de momentos e situações vividas com eles.

Mas este ano tudo mudou. O dia das mães teve um sabor bem mais especial: foi o primeiro que passei ao lado da minha esposa após termos tido o nosso Otávio, hoje com 48 dias, que nos traz tanta alegria, dia após dia. Aliás, um dado curioso é que ele nasceu dia 21 de março de 2011, exatos 5 anos após o falecimento da minha mãe.

Talvez esta coincidência tenha vindo para substituir uma data triste por outra alegre. Não significa que eu vá esquecer o que acontecera em 2006, mas com certeza servirá para aplacar sentimentos de tristeza que se substituirão a celebração do aniversário do Otávio.

E esta coincidência também serve para mostrar que a vida esta sempre em progresso. Acontecem coisas boas e coisas ruins. Uns morrem, outros nascem. E assim a vida segue, dinâmica imprevisível e sempre se renovando e reinventando. Me resta relembrar, agradecer e tentar, pelo menos tentar ser, para o Otávio, tão bom pai quanto meus pais foram para mim.

FELIZ DIA DAS MÃES!!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

9 Anos

Vai aí uma pequena notinha, intempestiva, diga-se, para lembrar dos 9 anos de formatura completos ontem, dia 22 de fevereiro.

Me recordo que nas celebrações dos 90 anos da Faculdade de Direito da UFPel, que ocorreu concomitantemente ao término do curso pela nossa turma, eu e o Magal ficávamos nos imaginando nos festejos dos 100 da Casa de Bruno.

Ele se via Promotor, eu me via Juiz. 9 anos depois ele é Defensor Público, eu Advogado.

O tempo passa. E as ideias mudam.

Saludos aos colegas da ATB 2002/2!!
P.S.:
desde o dia 23/02, quando fiz esta postagem, este blog bateu um recorde impensável de acessos: foram 2 (dois)!
E no acesso da amiga, colega formanda e blogueira Márcia Só, fui repreendido pelo erro na contagem dos anos de formatura que, em verdade, foram 8 e não 9.
Este erro ocorre todos os anos comigo. Primeiro porque sempre fui péssimo em matemática. Depois porque findamos o curso em 2002, mas por causa de greves e falta de datas para a realização da cerimônia, nossa colação de grau somente aconteceu em 22/02/2003 (dois mil e três) e não 2002 como eu sempre penso.
Outra data que sempre acaba me induzindo em erro é o fato de que a Faculdade de Direito de Pelotas (a de verdade) foi fundada em 1912. Como nos formamos nos 90 anos da Faculdade, impossível não fazer a relação com o centenário, que acontecerá em 2012.
Esclarecida a burrice, fica emendado o presente post para que o título passe a ser “8 Anos”, ficando claro que em 22/02/2011 a ATB 2002/2 completou 8 anos de formatura

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Fazendo Justiça


Bom... no post anterior eu me queixei do desleixo do Xavante em buscar seus 10.000 sonhados sócios. Pois bem, venho aqui fazer justiça e reconhecer o esforço do clube.

Alguns dias depois de escrever aquele post, resolvi entrar no site e encontrar um canal de comunicação via e-mail, daqueles que a entidade nunca responde e faz-de-conta que não recebeu. Enviei um despretensioso e-mail relatando minha angústia em tentar e não conseguir me associar. Pra minha surpresa, recebi resposta logo cedo no dia seguinte, com as fichas de associação, orientações, valores e conta para pagamento da mensalidade.

Preenchi os dados, enviei o comprovante de depósito e alguns minutos depois recebi a confirmação de associação, bem como o link para um ambiente pessoal de controle das mensalidades. Primeiro mundo.

Pedi meu cartãozinho de sócio por correio, com a certeza que não receberia. Quatro dias depois estava com ele não mão!

Parabéns ao xavante pelo atendimento ao distante torcedor!

A propósito, se alguém ler essa coisa aqui, for xavante e quiser se associar à distância, enviem e-mail para socios@gebrasil.com.br. Serão muito bem atendidos.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Quando os Pequenos Pensam Pequeno

Quem me conhece sabe que todo início de Gauchão eu tenho a esperança de que chegue o dia em que o interior triunfará sobre a duplinha. Sempre espero o dia que o Brasil fará uma campanha melhor que a do ano anterior. O dia em que subirá para a Série A do Gauchão e mais adiante, para a Série B do Brasileirão.

Sonhos que nunca acontecem. Daí me pergunto: porque os pequenos nunca crescem? E aos poucos vou descobrindo que são pequenos porque pensam pequeno.

Exemplo 1) em Lajeado, tentei comprar a camiseta do Lajeadense para engrossar minha coleção. Tinha? Claro que não. Em três lojas a resposta foi a mesma: nunca vi para vender. E isso que o Lajeadense poderia ter aproveitado a euforia de subir à primeira divisão para vender produtos do time. Não o fazem e perdem o momento de fazer nome, dinheiro e mídia.

Exemplo 2) meu queridíssimo rubro-negro pelotense, que até tem buscado se profissionalizar e pensar um pouco além de suas possibilidades, lançou a louvável campanha de sócios para o centenário do clube. Traçou como meta um número bastante ousado para o interior: 10.000 sócios até o dia 7 de setembro. Bacana! Mas e daí pergunto: quem não mora em Pelotas consegue se associar? A resposta é um puta NÃOZÃO, assim em maiúsculo mesmo.

Há tempos, aproveitando um ida à Princesinha, fui me associar. Era sábado, perto do meio-dia. Fui à secretaria do clube: fechada! Lembrei que na loja também poderia me associar: fechada! Questionei, depois, sobre a possibilidade de me associar pela internet ou por telefone: só pessoalmente. Então querem chegar aos 10.000 como???

Contra-exemplo) ao contrário desses dois, estive dias desses em Gravataí, terra do Cerâmica. O Clube fica perto do foro e como cheguei bem antes da audiência, fui caminhando até a sede deles. Belo projeto se vê ali. Um estádio acanhado, porém impecável. Bem pintado, bem cuidado. Gramado liso. Gramado suplementar. Lojinha com muito produtos do Cerâmica, vários modelos de camiseta (comprei uma). Do outro lado da rua, um alojamento das categorias de base.

Conversei rapidamente com um integrante do clube que estava na lojinha. Me contou que o Cerâmica se organizou financeiramente. Tem receita fixa que garante a manutenção do clube. Falou que pretendem subir à primeira divisão nos próximos anos (deu na trave em 2010) e que pretendem se firmar, formar novos jogadores e reinvestir no clube. Um planejamento de 20 anos.

Quando eu falei que era torcedor do Xavante ele enlouqueceu. Disse que queria uma torcida como aquela e que não entendia porque o Brasil patina, patina e não sai do lugar.

O Cerâmica é um belo exemplo de planejamento. Não é por nada que chegou à duas finais de Copinha, e logo-logo ganha alguma.

Bem que os 'pequenos grandes' do interior poderiam visitá-lo e aprender a fórmula do pensamento planejado e para a frente.

Né mesmo, seu Brasil de Pelotas???

domingo, 2 de janeiro de 2011

2011 tá aí

Pela primeira vez na minha vida passei o reveillon fora de Pelotas. E pela primeira vez na minha vida passei a virada sem nenhum integrante de família, a não ser minha esposa e o meu filho que nascerá em março. Foi diferente. Um pouco estranho até. Mas pela primeira vez passei a virada do ano com minha própria família, a qual começaremos a formar neste 2011 com a chegada do Otávio (pretendemos mais um ou dois filhos - cada um a seu tempo).

Tive tempo para fazer uma retrospectiva de tudo que já vivi. Dos tempos de colégio, das temporadas no verão do Laranjal, cercado de família e amigos, dos tempos de handebol, dos tempos de início de namoro, dos tempos de Corsa amarelo, do Mazda, dos tempos da faculdade, da formatura, da vinda pra Porto Alegre, do amadurecimento, as vezes forçado e sofrido e tantas outras lembranças que não caberiam neste post. Memórias que sempre reúnem meus avós, meus primos e prima, meus tios e tias, meu irmão, meus pais. Memórias que mantém vivas pessoas importantes da minha vida que já se foram.

E olhando para trás vi que muito de tudo isso foi vivido ao lado da Débora, com quem casei e agora começo a constituir minha própria família.

Neste ano, completaremos 18 anos de relacionamento, tempo que considera o início de namoro em 1993, ignora um afastamento de 4 meses, e soma-se a isso 5 anos de vida em pecado e 2 de casamento. O tempo de uma vida, suficiente para que nós nem mais nos reconheçamos individualmente, de tão unidos que ficamos.

2010 foi um bom ano, de um modo geral. Foi o ano que recebi uma das melhores notícias da minha vida e que senti que, realmente, as coisas iam mudar por aqui. Já estão mudando.

E 2011 tá aí, reservando muitas emoções, expectativas e também preocupações. Afinal, será que vou conseguir educar um filho? Cuidar dele? Tudo isso assusta um pouco.

Não quero fazer previsões pois, quase nada do que imaginei para o ano anterior de fato aconteceu.

Pois então, que venha 2011!! E que traga muitas coisas boas!!