O Brasil, desde o início, pareceu demonstrar ser um time forte nesta Copinha. Até acreditava que fosse "O" time forte, tamanha era a facilidade com que vencia alguns adversários.
Surpreendentemente, vencemos adversários fortíssimos lá e cá, como o Caxias e o próprio Internacional. Achei que ninguém ia nos segurar e iríamos experimentar o gostinho de uma Copa do Brasil por pelo menos uma rodada.
Ledo engano!
Não só não éramos tão fortes quanto eu imaginava, como fomos humilhantemente defenestrados da competição por um Internacional formado por jogadores de 17 e 18 anos, que mostrou que, apesar da pouca idade, têm mais força, estatura, habilidade e principalmente mais cérebro que nossos jogadores.
Após a derrota de 4 a 0 em Porto Alegre, o clube desencadeou uma campanha de esperança, conclamando a presença do torcedor, que diga-se, atendeu ao apelo mesmo sabendo que não iríamos alcançar o resultado de forma alguma. Queríamos pelo menos ganhar. Nem que fosse de 1 a 0.
Apesar de todo o empenho, presença da torcida, festa, doação dos jogadores, veio a chinelada: Gol do Inter! Este gol nos obrigava a fazer 6 gols. Coisa que nunca fizemos na vida, salvo no amador Atlético de Carazinho dois jogos antes.
Junto disso veio a chinelagem, dentro e fora de campo. Carrinhos absurdos, cotoveladas, chutes sem bola. Sem falar nos sinalizadores e pedras jogados para dentro do campo pela torcida. Sem falar nas ridículas paralisações do jogo.
Ultimamente vínhamos (torcida) mantendo uma boa relação com a Brigada Militar, que autorizava a entrada de foguetes, sinalizadores, bandeiras e outras artefatos proibidos às torcidas ditas "mais violentas".
Contudo, em um jogo perdido desde antes de começar, a torcida decidiu arriscar toda essa boa relação e, principalmente, nosso mando de campo com as pedras jogadas ao gramado. Vai estar na súmula. Com provas.
Ver pela tevê foi vergonhoso. Varzeano, para dizer o mínimo.
Vestimos a carapuça da velha segundona gaúcha.
Uma pena termos regredido aos nossos conturbados anos 90, quando éramos famosos por causar confusão onde íamos. E logo agora que eu achava tudo tão organizado e planejado!
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