quarta-feira, 24 de março de 2010

Virtuosismo ao Extremo

No dia 26 de outubro de 2006 apresentou-se em Porto Alegre uma turnê muito especial. Um projeto de três dos melhores guitarristas do mundo, capitaneados por Joe Satriani, chamado G3, que gira o mundo mostrando o melhor do virtuosismo, com solos inacreditáveis, distorções absurdas e músicas fantásticas. Além do Satriani, completavam a tour os shows dos guitarristas Eric Johnson e John Petrucci.

Eles foram protagonistas de três mini shows individuais fantásticos, além de um mini show coletivo de encerramento, onde eles tocaram a mais bem tocada Rockin' in The Free World que eu já vi (naturalmente, depois da versão da AdNutum, minha banda).

Mas uma pessoa em especial me chamou a atenção naquela noite (e de todos que lá estiveram). Um cara que normalmente ficaria escondido, como de praxe, quase se tornou a principal atração da noite: Mike Portnoy.

Baterista do Dream Theater, Portnoy acompanhou o amigo e colega de Dream Theater, John Petrucci, em seu projeto solo. Quase relegou o protagonista ao status de coadjuvante.

Do fundo do palco, Portnoy era capaz de fazer viradas rápidas, mudar o compasso, marcar no contratempo, sem sequer piscar. Uma técnica apuradíssima, quase inimitável. Quem toca bateria sabe o quanto isso é difícil.

Eu tentei guardar aquela noite pra sempre na minha mente, imaginando que jamais veria novamente aquele cara tocar.

Para minha surpresa e deleite, na terça-feira passada tive o privilégio de vê-los novamente ao vivo, agora com o Dream Theater, no Pepsi On Stage.

O Dream Theater apresentou um show baseado no seu último disco (que não conheço) e mesmo assim conseguiu fazer uma apresentação estupenda, embalando e agradando a todos que preferiram sair de casa para assistir música de boa técnica ao rock/pop/comercial do Guns and Roses, que se apresentou na mesma data (num outro fuso horário) no estacionamento do Sesi.

E quem foi ao Pepsi On Stage não se arrependeu. Repleto de solos, o show levou o virtuosismo ao extremo e conseguiu mostrar a apurada técnica de cada um dos músicos, em especial do guitarrista John Petrucci e do baterista Mike Portnoy que, carismático, comandava o público tocando em pé, acenando com as baquetas e fazendo caras e bocas para a micro câmera acoplada na estante de um dos pratos.

Petrucci e o baixista John Myung não deixavam por menos e, de longe, pareciam ter dez dedos em cada mão. O tecladista Jordan Rudess impunha excelentes arranjos às músicas, mas por vezes pecava pelo excesso de barulho. O vocalista James LaBrie fez o necessário. Cantou dentro do tom e saiu do palco sempre que o instrumental tomava conta.

Depois de 2 horas os caras encerraram uma noite perfeita, com a promessa do voltar em breve.

Graças a Deus, Porto Alegre entrou na lista das grandes tours!

Abaixo, seguem uns videozinhos para ilustrar o que eu falei.






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