É impressionante como a vida nos prega peças e surpresas, algumas boas outras ruins. E é impressionante como muitas dessas mudanças nos fazem mudar o rumo das coisas e repensar nossos próprios objetivos.
Em 13 de novembro de 2009, uma sexta-feira com chuva à cântaros, eu rumava de carro para Pelotas, sozinho, e passando a cidade de São Lourenço, por volta de 23:50, encontrei um veio de água no meio da estrada que me fez aquaplanar. Fui jogado para fora da estrada na saída de uma curva.
O carro virou de costas e saiu pela tangente. Eu nada via pela escuridão e pela falta de orientação. Não sabia para onde a frente do carro apontava. Só ouvia barulhos e batidas e só tive de tempo de dizer "Ai, Meu Deus!".
Até que o carro parou, sem capotar, sem bater em nada e sem me ferir, dentro de uma valeta à beira da estrada. Sorte numa sexta-feira 13 estranhíssima.
Depois desse acontecimento percebi que todos vivemos por um fio e, por isso, decidimos, eu e a Débora, tomar algumas atitudes na vida. Muitas coisas mudaram (inclusive as mudanças pensadas após o acidente) e vida deu uma guinada.
Mas foi no dia 17 de agosto desse ano que uma maravilhosa surpresa fez (e fará) com que tudo mudasse: a Débora está grávida.
Vamos do início. A Débora faria um exame de sangue no qual precisava ingerir substâncias que causariam reações (ou não) no corpo. Só que, desconfiada do atraso menstrual e com medo dessas substâncias, pediu que eu comprasse na farmácia um daqueles exames instantâneos.
Chegamos em casa e ela foi logo fazer o exame. Eu estava na cozinha quando ela entrou branca, com o exame na mão e disse: "dois tracinhos é positivo". Eu sorri, gargalhei, chorei, abracei e beijei ela. Mas ela estava atônita, quase não acreditando no exame.
Ligamos pro Deco, uma grande amigo e grande gineco que tentou nos tranquilizar, dizendo que tinha muito erro, que não era um exame preciso, etc, etc. Compramos outro exame, de outra farmácia e de outro laboratório: POSITIVO!
Confirmamos a gravidez com o exame de sangue no dia seguinte (acima de 25 é gestante, e o índice apontou maior que 10.000). Fomos ao gineco e neste dia esta grande descoberta passou a ser real de fato.
O exame revelou um belo e saudável embrião de 8 semanas. Coraçãozinho a mil. E meu coração foi a mil também. Chorei feito criança (ou quase isso) e a partir daquele momento passei a me sentir um pai de fato, com o peso da responsabilidade de criar e educar uma criança e a alegria e emoção indescritível da paternidade.
Os dois episódios que contei são marcos (sem trocadilho) que representam mudanças na forma de ver as coisas.
O(A) filho(a) vindouro(a) já mudou minha percepção do trabalho, do dinheiro e das responsabilidades em geral. Na medida em que a data do nascimento for se aproximando, certamente as angústias e preocupações aumentarão e tenho certeza que, após o nascimento, tudo mudará vertinginosamente.
Para melhor!
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