terça-feira, 31 de março de 2009

Yngwie Malmsteen













Na toada dos grandes guitarristas, iniciada com Zakk Wylde, é a vez de Yngwie Malmsteen, guitarrista sueco, de formação erudita, que acabou se destacando por trazer roupagem de heavy metal a grandes obras da música clássica.

Nascido em 1963, em Estocolmo, Suécia, com o nome de Lars Joahn Yngwie Lannerbäck, não tinha qualquer interesse pela música até que, assistindo TV em 1970, viu Jimi Hendrix (terá post no futuro) quebrar e atear fogo em sua Fender Strato creme, no festival psicodélico Woodstock. Com evidente intuito destrutivo e piromaníaco, Yngwie ficou vidrado naquelas imagens e, desde aquele momento, iniciou um aprendizado sobre o instrumento que hoje domina como poucos.

Garoto problema e briguento, aos 15 anos Yngwie largou os estudos e dedicou-se à arte da luteria, através da qual descobriria um escalonamento de trastes diferenciado em sua guitarra, ajuste que tornou possível obter resultados impressionantes.

Malmsteen fez parte de apenas duas bandas, as deconhecidíssimas Alcatrazz e Steeler. Assim, em 1984 partiu em carreira solo, misturando heavy metal e música erudita em uma combinação única e surpreendente. Lançou vários álbuns e chegou a figurar na posição nº 60 da Billboard (algo inédito para um disco inteiramente instrumental).

Em 1987 sua carreira quase chegou ao fim, quando acidentou-se e ficou uma semana em coma, perdendo parte dos movimentos de suas mãos. Só um susto para quem, apenas um ano mais tarde, lançaria o seu álbum mais aclamado pela crítica: Odissey.

Uma de suas técnicas mais apuradas é o arpejo. O aprimoramento desta técnica le permitiu tocar na guitarra músicas eruditas, como a e a 9ª Sinfonias de Beethoven, além de diversas outras músicas eruditas e tantas outras versões de música pop, tais como fez com Gimme, Gimme, Gimme, sucesso do Abba nos anos 80, que vai embedada acima.

Dentre seus últimos projetos, Malmsteen integrou, no ano de 2003, a turnê da aclamada G3, ao lado de Steve Vai e Joe Satriani, idealizadores do projeto, do qual resultou o álbum Rocking in a Free World.
Como de costume, embedo algumas amostras do sujeito. Como já disse, Gimme, Gimme, Gimme, do Abba em versão heavy metal e um vídeo no qual ele demonstra as técnicas do arpejo na múscia Arpeggios From Hell.

sábado, 28 de março de 2009

Zakk Wylde









Seguindo o rumo da música, vou fazer alguns post sobre grandes guitarristas e hoje inicio com Zakk Wylde, o menino prodígio descoberto pelo Ozzy que virou a principal atração dos shows de seu mentor.

Nascido em 14 de janeiro de 1967 com o nome de Jeffrey PhillipWiedlandt, Zakk Wylde manifestou seu interesse pela guitarra aos 15 anos e, desde então, o instumento passou a reger sua vida, a quem dedicava 12 horas diárias de estudo.

Tanto esforço teve como resultado a vaga de guitarrista do Ozzy aos 19 anos, uma responsabilidade e tanto para o sucessor de Randy Rhoads e Jake E. Lee.

Mas ele não só não decepcionou como criou um estilo próprio de tocar, dando nova vida ao som de Ozzy Osbourne, tornando-se co-autor de suas músicas e traçando, a partir dali, uma carreira própria.

Zakk é considerado mestre dos pinch harmonics, ou hamônicos artificiais, característica que permite identificá-lo desde o primeiro solo. Além disso, Zakk tem como características os solos baseados no uso da escala pentatônica menor e das palhetadas alternadas (roubei essas informações de um site sobre guitarristas).

Atualmente, Zakk Wylde é considerado um dos principais guitarristas do heavy metal mundial, alternando atividades entre sua banda, o Black Label Society e o Ozzy Osbourne.

Nos vídeos, os solos das músicas farewell ballad e losing your mind, em imagem detalhada que mostra muito bem a técnica diferenciada deste guitarrista

quarta-feira, 25 de março de 2009

A inevitável queda


QUE ANO!!

Esta deve ser a frase mais dita pelos Xavantes, desde o fatídico 15 de janeiro de 2009, dia do desmonte de um clube quase centenário. Um evento que nem Nostradamus seria capaz de prever.

Desde este dia, as notícias, ou melhor, as más notícias foram despejadas em nossa cabeça sem dó nem piedade. Começou com a notícia do acidente, seguida pela confirmação da morte do Milar, do Régis e do Giovanni. Continuaram naquele 16 de janeiro: Edu, Xuxa, Armando... todos feridos e afastados de suas atividades. Há uma semana do início do Gauchão.

Decidimos participar sob a promessa de ajuda dos "grandes" (merdas) do nosso estado. Mandaram duas perebas e no meio do campeonato tiraram um deles. Mas o problema era nosso mesmo.

Iniciou-se a maratona. Insuperável para qualquer time. Mas ficamos lá, encarando cada adversário, recebendo hostilidades das torcidas adversárias (alguns imbecis acreditam que o Brasil tirou vantagem da tragédia). Acumulamos derrotas. Nos agarramos à última posição, apesar da luta e da garra.

Veio o jogo contra a Ulbra e mais más notícias: goleados por 5 a 2 na baixada, com briga generalizada e suspensão de 3 jogadores do Brasil, no dia da saída do Claudião.

Mas não parou por aí. Levamos 7 a 0 do Inter, no jogo mais covarde do Brasil este ano. Perdemos Rafael Paraíba, dispensamos jogadores e recebemos a notícia que a série C será pro forma, um verdadeiro mico.

Para completar, ontem, apesar de sairmos na frente do placar pela primeira vez no Gauchão, perdemos mais uma e confirmamos, de fato, o inevitável rebaixamento que se desenhou naquele 15 de janeiro de 2009.

Apesar disso, não me entristeço e gostaria que os Xavantes também não se entristecessem. Isso já aconteceu conosco em outras oportunidade. Voltamos!! Somos tri-campeões da segundona (1961, 1991 e 2004)!!! Ninguém conhece ela melhor do que nós. Não tenho dúvidas que a história vai se repetir.

Não sei se levaremos um, dois ou seis anos para voltarmos. Mas ergamos nossas cabeças em direção ao futuro, pois já mostramos toda a capacidade de nos recuperarmos de uma queda. Já outros times conhecidos...

segunda-feira, 23 de março de 2009

Museu do Futebol




Essa semana estive em São Paulo e, com tempo livre, fui ao Pacaembu conhecer o Museu do Futebol, que é um projeto da CBF com o apoio da Prefeitura de São Paulo e da Rede Globo.

Fiquei bastante surpreso com a modernidade e os formatos das exposições, em suas maioria interativos, permitindo que o visitante escolha, por exemplo, assistir a uma mesma jogada clássica do futebol com várias narrações diferentes.

Logo no início o visitante entra em um saguão com pé direito duplo e as paredes repletas de badulaques dos times brasileiros. Escudos, camisetas, flâmulas, cartazes antigos, etc preenchem todos os espaços em branco.

De cara, encontrei um cartaz muito antigo do Pelotas, que no escudo ainda exibia as letras SCP (Sport Club Pelotas), depois abrasileiradas para ECP. O jogador, nº 11 chamado Suzana (com A mesmo - ninguém ouviu falar dele), traja camiseta azul com listras amarelas e touca, provavelmente do início do século passado.

Olhando as paredes encontrei escudos e camisetas de vários times gaúchos: São Paulo de RG, Rio Grande, Caxias, Juventude, Pelotas, Renner, dupla Gre-Nal e muitos outros que não recordo de cabeça neste momento. Mas nada do meu xavante.

Subi as escadas meio desapontado e fui percorrendo os corredores do museus, que fica logo abaixo das escadas do Pacaembu (belíssimo estádio, por sinal). Conheci as locuções de rádio das décadas de 30 a 60. Assisti a gols antológicos narrados por diversos narradores. Senti a vibração da torcida nos subsolos do estádio e relembrei a história de todas as Copas do Mundo.

Em uma breve exposição de objetos, bolas das décadas de 20, 30, 40 e 50, chuteiras (!!) da mesma época e a camiseta do Pelé da Copa de 70. Quase duas horas depois e nada do Xavante.

Eis que, no último setor do museu uma tabuleta anunciava: "Conheça os 128 principais times brasileiros." Critério: ter participado pelo menos uma vez da Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro.

Corri p letra B e lá estávamos nós: BRASIL DE PELOTAS/RS!! E nada do co-irmão! :^) Saí de lá satisfeito por ver que, mesmo fazendo pouco, somos parte da história do futebol brasileiro.

Embora tenha sentido falta da exposição de objetos (camisetas, troféus, etc) e de um pouco mais sobre os clubes que fazem o nosso futebol, valeu a pena conhecer o museu, que nos dá uma noção da grandiosidade do que vem a ser esse tal futebol.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Redoma





Vai aí mais uma dica de música, especial pra quem curte um metal beeeem barulhento.

Há alguns meses minha senhôra ganhou convites para um evento no Pepsi On Stage, no qual tocariam várias bandas, dentre as quais, fechando o evento principal, a Banda O Rappa.

Chegando lá, tocava um tal de Zack Ashton. Um reggaezinho mais manjado que o golpe do bilhete premiado, mas que atraiu muita gente para bem perto do palco. Entre uma música e outra, naquele intervalo sem barulho, pude ouvir um ruído paralelo, vindo do pátio.

Curioso fui atrás e havia um palco secundário montado. Sobre o palco três rapazes e uma moça faziam uma zueira daquelas. Fiquei observando e acabei por descobrir essa excelente banda de heavy metal, daqui de Porto Alegre, que tem evidentes influências de System of a Down (basta ouvir a música Inércia, embedada acima, para confirmar), além de um pouco de Slayer e mais um pouquinho de Pitty (até porque os vocais são femininos, o que produz uma inevitável semelhança).

Os integrantes (Cássia - vocais, Nuclear - Guitarras, Duduh - baixo e Junks - batera), trajados à carater com roupas pretas, de couro, cabelos esquistos, coloridos, piercings e tatuagens, fizeram um show digno e prenderam a atenção das pessoas que ali estavam, fazendo valer aquela noite (o xô do Rappa foi beeeeeeeeeeeem sem graça).

Como sempre, embedo duas músicas para que se tenha uma palhinha do trabalho realizado por esse pessoal. Mais sobre eles poder ser conferido na página deles no MySpace.

terça-feira, 17 de março de 2009

Desejo

Tem coisas que só acontecem conosco. Já outras só acontecem com os outros.

Prova disso é o chá de sumiço que tomou aquele zagueiro do Grêmio, o desconhecido Mário Fernandes. Porquê isso não acontece conosco?? Porquê???

Talentos desperdiçados

Dias desses entrei no site do Brasil de Pelotas e vi um link, logo à direita para o site (blog) do "Centro de Formação Xavante" e, muito curioso, acessei dito blog. Lá encontrei diversas notícias sobre a apresentação do grupo Xavante de juniores, reunião na Federação Gaúcha, etc, mostrando que verdadeiramente o Brasil tem categorias de base.

Contudo, se verificarmos os anos recentes, vemos que apenas uns pouquíssimo jogadores saíram de nossa categoria de base para o grupo profissional. Alguns exemplos que rememoro de cabeça são o goleiro Michel Alves, a dupla de zaga Régis/Alex e o atacante Tiago Rodrigues.

E aí uma pulga alojou-se atrás da minha orelha: porque não surge um grande talento na Baixada? Será mesmo a falta de estrutura que não prepara o jovem adequadamente ou será pura incompetência na descoberta desses talentos?

Em princípio, fico com a segunda opção. Basta que pensemos os pelotenses que despontaram no futebol.

O primeiro da era moderna foi o Émerson, volante do Milan. Jogou no Progresso e de lá foi para o Grêmio, sem passar por nenhum time profissional de Pelotas. Voou do time do Alcione direto para o Olímpico para ser Campeão da Libertadores, sem que nossos olheiros e dirigentes tomassem conhecimento de quem fosse o Émerson.

O segundo foi o Daniel Carvalho. Esse nem sei de onde veio. Só sei que apareceu no Inter jogando uma bola e tanto, tendo chegando em seguida à Seleção e embarcando depois para Rússia, onde ficou rico e gordo.

O terceiro é o Taison. Um jogador que não considerado assim uma Brastemp por muitos. Tem gente que ama e tem gente que odeia. Mas o fato é que o guri é co-artilheiro do campeonato gaúcho e poderia muito bem estar ajudando o Brasil a sair dessa areia movediça em que se meteu.

Mas não. Nossos olheiros e dirigentes não o descobriram, assim como os outros dois. Deixaram que o guri fosse embora para o Inter sem sequer pisar nos verdejantes gramados da Princesa do Sul.

Se a imprensa gaúcha não estragar o guri como fez com o Bruno, ex-Grêmio (considerado o "novo Ronaldinho"), acredito que logo-loguinho irá para o centro do País ou para o exterior, gerando ao colorado o que mais nos falta: DINHEIRO!

E seguimos com nossa categoria de base...

terça-feira, 10 de março de 2009

Certeza


Nos anos 40, uma equipe rubro-negra do interior de Pernambuco ficou mundialmente famosa por receber o "título" de Pior Time do Mundo. Esta equipe, de nome Ibis, recebeu a homenagem dos torcedores adversários por uma sequência de 9 derrotas consecutivas e 23 jogos sem vitórias. No fim das contas passaram-se 3 anos e 11 meses sem uma única vitória do Ibis.

Hoje a noite, um outro rubro-negro foi protagonista de um resultado de fazer inveja ao Ibis dos anos 40, levando 7 a 0 do Inter. E NA BAIXADA!!!

Não contesto a qualidade do Inter. É um time superior, mais forte, mais rápido, mais tudo. Mas critico a postura do Brasil em campo, desde a infantilidade do Fred (devia ser o Flintstone) ao fazer duas faltas ridículas e ser expulso, até a falta de luta, de garra e de brios desse time, que é o mais apagado da história recente do Brasil.

E as dificuldades causadas pelo acidente não servem mais de desculpas. Os jogos a cada dois dias, a impossibilidade de treinar, a falta de entrosamento já passaram e cabia ao Brasil ter sido mais lutador em campo.

A situação excepcional que vivemos este ano também não serve de desculpa para nosso desempenho, pois este é o terceiro ano seguido que SÓ lutamos para não cair.

Destaquei a luta desses jogadores em posts anteriores, mas hoje nos acovardamos, nos escondemos no nosso campo. Não fomos guerreiros! Não fomos Xavantes!

Acompanho o Brasil desde criança. Neste período, vi nosso time ganhar do Flamengo em 85, eliminar o Grêmio em 98 (no Olímpico) e também o vi cair para a segunda divisão por pelo menos umas três vezes. Mas NUNCA tinha visto o Brasil tomar 7!! Vergonhoso! Até o Marcola, que ali ao lado faz sinal de positivo, deve ter se revirado no túmulo com essa goleada.

Esta noite certamente entrará na história negativa do Xavante e assim vamos contabilizando os prejuízos, sem vencer desde a Série C do ano passado, o que me faz ter cada vez mais certeza que a segundona é nosso destino.

TE CUIDA, IBIS!!!!

segunda-feira, 9 de março de 2009

Dúvida

Eu não deveria falar sobre isso, mas... será que vamos levar uma chinelada muito grande amanhã??
Pelo menos o D'Alessandro não vai.

Oremos...

quarta-feira, 4 de março de 2009

Zarathustra








Não. Não tô aqui falando de Zarathustra, o Zoroastro, que era um profeta Persa do ano 3.000 a.C. (nada como a wikipedia nos dias de hoje).

Falo de uma banda alemã, de rock progressivo, cuja história é pouco ou quase nada conhecida. Eu mesmo não sei praticamente nada sobre eles.

Descobri o som dessa banda, que tem um pouco de Uriah Heep, The Who e Pink Floyd no blog do Seres da Noite, que disponibiliza esse álbum para download e, pelo que fala no post, é o único registro em estúdio da banda - item de colecionador.

Esse disco foi lançado em 1971 e teve a missão inglória de disputar a preferência do público com álbuns hoje clássicos do rock mundial. Só para que se tenha uma ideia, nessa época foram lançados Aqualung, do Jethro Tull, L.A. Woman, do The Doors, Fireball do Deep Purple e Led Zeppelin IV (que trouxe ao mundo Black Dog, Rock and Roll e Stairway to Heaven), razão pela qual, acredito eu, tenha sido o Zarathustra relegado ao ostracismo (fora que o nome não é nada comercial).

Fuçando na internet, descobri uma outra banda alemã de nome Zarathustra, mas que nada tem a ver com esta que comento aqui. Aquela é uma banda de black metal dos anos 2000. Zueira, ao contrário do Zarathustra de 1971, que lançou um álbum repleto de músicas bem trabalhadas, com teclados nebuloso e vocais múltiplos, imitando corais (e o Uriah Heep).

Pois bem. Vão aí duas música mais a arte da capa da disco para deleite de "todos" os leitores desse blog que permanece SEM ACESSOS!!