segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Novo Escudo?


Dia desses entrei na página oficial do Brasil e lá estava estampada uma das grandes novidades: o novo escudo Xavante. Novo escudo???

Pois é.

A ilustração acima mostra alguma pequenas, mas substanciais alterações no nosso tão clássico escudo. A primeira vista, podemos ver que achataram nosso brasão. Ficou arredondadinho, gordinho. Podemos dizer agora que temos um escudo fofinho!

Com alguma análise um pouco mais detalhada, vê-se que algumas linha afinaram, ganharam formas menos rebuscadas, além do que aumentaram o "E" da parte central, e reduziram a curvatura dos semi-círculos que adornam nossas iniciais.

As justificativas do clube estão no site, aqui linkado.

Segundo eles, o objetivo é "modernizar a marca", facilitando a reprodução do escudo em produtos a serem vendidos pelo clube.

Tá bom! O motivo é nobre. Mas convenhamos que modificar nosso escudo, às portas de completarmos um século é meio inapropriado. Justamente naquele momento em que os clubes resgatam suas camisetas e símbolos históricos! E para nós, xavantes, nada mais histórico e diferenciado que o nosso brasão! Não há semelhante no mundo.

Não resta a menor sombra de dúvida que os clubes precisam se modernizar, especialmente dentro de campo. Também não discordo do fato que, hoje em dia, só se sobrevive no futebol com um bom marketing, uma boa apresentação. Entretanto, algumas mudanças entendo desnecessárias.
Só falta nos apresentarem uma camisa roxa (ou amarela. Já imaginou?).

Melhor nem dar a ideia.
P.S.: detalhe é que nem mesmo o site oficial do clube adotou o "novo" escudo

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Rick Rubin


Este é um post diferente. Vou falar de música, mas desta vez não de uma banda ou de um músico especificamente. Nem vou embedar vídeos e players. Vou falar de um cara que fica por trás das músicas e álbuns que tanto ouvimos.

Dia desses estava ouvindo um cd (sim, eles ainda existem) e, estava lendo os créditos no encarte (sim, o cd era original), como sempre faço, em busca dos nomes dos autores das músicas, das letras. Passando todos estes créditos, lá no finzinho, estava escrito: Producer - Rick Rubin.

O cd em questão era o Blood Sugar Sex Magik, do Red Hot Chili Peppers que, para mim, é o melhor cd da banda e logo chama a atenção por sua produção crua e despojada. Este cd, aliás, foi gravado de modo insólito: a banda se reuniu em um casarão durante três meses e gravaram as músicas tocando ao vivo, sem retirar da gravação os ruídos.

Então me ocorreu que eu já tinha visto o nome de Rick Rubin em um cd recentemente lançado. Pensei, pensei e ... bingo! Metallica, Death Magnetic. Pensei mais um pouco... Johnny Cash. Mais um pouco... Slayer.

Daí me dei conta da importância e da grandeza do trabalho deste que hoje é considerado um dos principais produtores musicais nos Estados Unidos. Ele que começou produzindo bandas de heavy metal, hoje diversificou sua área de atuação, trabalhando com Shakira, LL Cool J, Melaine C (ex-Spice Girls).

Uma das especialidade de Rubin é a ressuscitação. Foi ele o responsável por relançar, depois de muitos anos, a lenda do rock americano, Johnny Cash. Foi ele que, depois de alguns erros do Metallica com Bob Rock, resgatou o melhor estilo da banda e veio demolindo no recém lançado Death Magnetic. Foi ele também quem fez ressurgir o Slayer, com o lançamento de Seasons in the Abyss, em 1990 (foi ele também quem produziu o clássico Reign in Blood, de 1986).

Também assina alguns lançamentos, como o System of a Down (produziu todos os álbuns da banda) e Audioslave.

Em outras palavras, Rubin é o mágico que não aparece. Fica lá, com sua figura esdrúxula escondida na imensa barba e tira das bandas o que elas tem de melhor para dar. Merece, pelo menos, 50% do crédito pelos bons discos de rock e heavy metal que ouvimos por aí.

Para que possam dimensionar o trabalho do mestre Rubin, segue uma lista com alguns discos produzidos por ele:

1986 - Reign in Blood - Slayer
1987 - Electric - The Cult
1990 - Seasons in the Abyss - Slayer
1991 - Blood Sugar Sex Magik - Red Hot Chili Peppers
1995 - Ballbraker - AC/DC
1996 - Unchained - Johnny Cash
1998 - System of a Down - System of a Down
1999 - Californication - Red Hot Chili Peppers
2000 - Solitary Man - Johnny Cash
2000 - Renegades - Rage Against the Machine
2001 - Toxicity - System of a Down
2002 - Audioslave - Audioslave
2002 - Steal this Album - System of a Down
2006 - Window in the Sky - U2 (single)
2007 - Minutes to Midnight - Linkin Park
2008 - Death Magnetic - Metallica
2008 - Untitled - Bob Dylan
2009 - World Painted Blood - Slayer

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A Chinelada e a Chinelagem

O Brasil, desde o início, pareceu demonstrar ser um time forte nesta Copinha. Até acreditava que fosse "O" time forte, tamanha era a facilidade com que vencia alguns adversários.

Surpreendentemente, vencemos adversários fortíssimos lá e cá, como o Caxias e o próprio Internacional. Achei que ninguém ia nos segurar e iríamos experimentar o gostinho de uma Copa do Brasil por pelo menos uma rodada.

Ledo engano!

Não só não éramos tão fortes quanto eu imaginava, como fomos humilhantemente defenestrados da competição por um Internacional formado por jogadores de 17 e 18 anos, que mostrou que, apesar da pouca idade, têm mais força, estatura, habilidade e principalmente mais cérebro que nossos jogadores.

Após a derrota de 4 a 0 em Porto Alegre, o clube desencadeou uma campanha de esperança, conclamando a presença do torcedor, que diga-se, atendeu ao apelo mesmo sabendo que não iríamos alcançar o resultado de forma alguma. Queríamos pelo menos ganhar. Nem que fosse de 1 a 0.

Apesar de todo o empenho, presença da torcida, festa, doação dos jogadores, veio a chinelada: Gol do Inter! Este gol nos obrigava a fazer 6 gols. Coisa que nunca fizemos na vida, salvo no amador Atlético de Carazinho dois jogos antes.

Junto disso veio a chinelagem, dentro e fora de campo. Carrinhos absurdos, cotoveladas, chutes sem bola. Sem falar nos sinalizadores e pedras jogados para dentro do campo pela torcida. Sem falar nas ridículas paralisações do jogo.

Ultimamente vínhamos (torcida) mantendo uma boa relação com a Brigada Militar, que autorizava a entrada de foguetes, sinalizadores, bandeiras e outras artefatos proibidos às torcidas ditas "mais violentas".

Contudo, em um jogo perdido desde antes de começar, a torcida decidiu arriscar toda essa boa relação e, principalmente, nosso mando de campo com as pedras jogadas ao gramado. Vai estar na súmula. Com provas.

Ver pela tevê foi vergonhoso. Varzeano, para dizer o mínimo.

Vestimos a carapuça da velha segundona gaúcha.

Uma pena termos regredido aos nossos conturbados anos 90, quando éramos famosos por causar confusão onde íamos. E logo agora que eu achava tudo tão organizado e planejado!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Dexomizibi

Vo mizibi um pouquinho!!

Abaixo, segue link do blog do Nauro Júnior, cujo post desta data (10/11), foi a reprodução de um e-mail que enviei para ele e para o Cecconi (ambos autores do livro "A Noite que não Acabou"), com as minhas impressões sobre o ótimo livro.

Quem é xavante tem que ler!!

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Xavante


Amanhã (31/10/2009) na feira do livro de Pelotas, e na próxima quarta-feira, na feira do livro de Porto Alegre será lançada uma obra literária de extrema importância para os torcedores Xavantes: o lançamento do livro "A NOITE QUE NÃO ACABOU".

Este livro traz a história do dia mais cinzento da história rubro-negra que, em 15 de janeiro de 2009, viu seu time desmantelar-se em uma curva da BR-471, matando o ídolo Milar, a prata da casa Régis e o treinador de goleiros Giovane (formador de goleiros como Cássio e Michel Alves).

A obra é escrita em conjunto pelo jornalista Eduardo Cecconi e pelo fotógrafo Nauro Júnior, com revisão do meu amigo Eduardo Lorea. Prefácio do Aldyr Schleé.

Para evitar repetição, linko (??) aqui as postagens feitas no blog do Eddie, do Nauro Júnior e do Eduardo Cecconi.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Bacamarte


Este vai ser um postzinho rápido, até porque muito pouco conheço sobre o que vou falar.

Garimpando num blog e noutro, encontrei um post (já não recordo onde, mas acredito que no inacreditável SERES DA NOITE) de uma banda chamada Bacamarte. Como nunca tinha ouvido a banda nem mesmo falar sobre eles, resolvi ler a resenha do disco.

Eis que me supreendeu o fato de ser uma banda brasileira de rock progressivo! Talvez a única em nosso país! Pelo menos que eu conheça.
E mais: o vocal da banda era feminino, na voz (e que voz!!) de JANE DUBOC!! Sim, JANE DUBOC! A cantora de MPB e sucesso em trilhas de novela era uma riponga vocalista de uma banda brasilieira de rock progressivo viajandão.

Bom, tudo que sei é que a banda teve um primeiro disco chamado Depois do Fim, lançado em 1983 e um segundo que desconheço o ano de lançamento, mas que se chama Sete Cidades.

O trabalho, de evidente influências de Jethro Tull e de muitos litros de chá de cogu (para terem uma ideia a música que abre o disco se chama UFO), até que dá um bom resultado. Os músicos são habilidosos e virtuosistas (dentre eles Sérgio Villarin, teclados e Delto Simas, baixo), fato que as vezes se traduz em um ponto negativo, pois no disco tem músicas de mais de 9 minutos só com solos repetitivos.

De um álbum de 9 músicas, ouvido bem por cima, pincei três boas composições que valem a pena: Smog Alado, Último Entardecer (baaaaaaita som) e Controvérsia, esta última um instrumentalzinho muito joia. Todas do disco Antes do Fim, embedadas abaixo.










terça-feira, 18 de agosto de 2009

Johnny Cash II

Conforme prometido, seguem outras músicas do Johnny Cash, para completar o post da semana passada.

As duas primeiras são Folsom Prision Blues, a música mais conhecida de Cash, e Man in Black, ambas originais da década de 60.

Depois, estão as músicas Solitary Man, Rusty Cage e Field Of Diamons (esta em clipe). As duas primeiras, covers de Neil Diamond e Soundgarden, respectivamente e a última, composiçao de Cash, em versão regravada no ano 2000.

A curiosidade sobre estas três últimas músicas é que todas elas vêm de um projeto audacioso da gravadora American Records, que resolveu resgatar a história e música de Johnny Cash. Inteligentemente, aproveitou enquanto o músico ainda estava vivo e lançou 4 cds com regravações, releituras e covers.

Na música Field Of Diamonds, participações nos vocais de June Carter Cash e Sheryl Crowl, além da participação da filha de Cash e Carter, Laura, tocando fiddle (violino ou instrumento de corda semelhante tocado com arco - fonte: wikipedia). No clipe (extra-oficial e meio tosco), aparecem algumas fotos da carreira e da vida pessoal de Johnny Cash e June Carter Cash.










sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Belo Horizonte, domingo, 16/08/2009, 16hs, Estádio Independência


Esse post é só para lembrar do que deveremos fazer no dia e hora do título do post, ilustrado pela belíssima imagem de apoio ao Xavante, lançado pelo projeto Cresce, Xavante!, que é sem sombra de dúvidas o melhor projeto coordenado por torcedores que a Baixada já viu! Quem não conhece, acesse o site aqui e colabore como puder.

VAMOS COM TUDO!!
SORTE!!!

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Fumaceira

Ontem, pela primeira vez na Série C de 2009, estive na Baixada para ver o Xavante jogar. Infelizmente, pelas condições do tempo e por toda aquela água no gramado, não pude concluir se o time é bom ou não. Mesma coisa pelo lado do nosso adversário, o América/MG.

Choveu o tempo todo e o que se viu foi um festival de balões e dribles das poças d'água nos jogadores, que tiveram muita dificuldade para jogar naquele gramado.

Ponto positivo, foi que o Brasil não se escondeu. Brigou e pressionou como pôde durante os 90 minutos, sempre em busca do gol. De um pênalti, nasceu uma chance imperdível. Perdida!

Não condeno o Cassel. Até porque todos sabemos que ele é bom batedor de faltas e pênaltis. Acho que a ansiedade prejudicou a cobrança, que passou acima do travessão (me contaram, pois fiquei de costas para o jogo neste momento).

Do América pouco se viu. Foi à Pelotas com o intuito de empatar e com a chuvarada que castigou o gramado, não quis se complicar e passou o jogo todo afastando bolas para fora do campo.

Fiquei bastante impressionado com a qualidade do nosso camisa 10, Gilmar Baiano. Rápido, ágil e inteligente. Tentou conduzir o time com uma certa consciência e infernizou a defesa adversária enquanto as pernas aguentaram. Também destaco as boas atuações do camisa 2, João Rodrigo, do 11, Kito, do 9, Marcelo Régis e claro, do sempre guerreiro Alex, que na base da força parou os poucos momentos de ataque do América.

Ponto negativo foi a torcida. Sim, a tão festejada torcida Xavante. Apesar do bom público que enfrentou frio, chuva e engordou os bolsos dos vendedores de capas de chuva na porta do estádio, não torceu, não vibrou e pior: vaiou o time no final.

Convenhamos, num campo impraticável como estava vaiar o time não é a melhor atitude, mais ainda na antevéspera de um jogo tão importante quanto o do próximo do domingo. Critico também os insistentes, excessivos e desnecessários "Ahhhhh" da torcida a cada lance. Visivelmente essas manifestações despropositadas tiraram a concentração e a tranquilidade dos jogadores.

E a Xavabanda?? Sem comentários. (Saudade dos tempos em que a Garra Xavante tocava os grandes 'hits' do carnaval carioca e todos acompanhavam em coro: "é no chuê, chuê, é no chuê, chuá...")

A missão agora é quase um número de mágica. Apesar de tudo, gostei do que vi e confio no Xavante. Pelo menos tenho a certeza que não será por falta de luta e entusiasmo desses jogadores.

Que o próximo domingo nos reserve boas emoções e um resultado inédito.

P.S.: Fica para o próximo, o post com as músicas do Johnny Cash.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Johnny Cash



Quem assistiu ao filme "Johnny & June" há uns três anos conhece a história de Johnny Cash, um músico americano de estilo country, extremamente controvertido, mas de inigualável talento e voz. Quem não assistiu ao filme, saberá agora do que se trata.

Particularmente eu conheci o trabalho dele alguns anos antes do lançamento do filme, quando tive acesso a um dos 4 discos lançados pela American Records nos anos 2000, quando escutei uma releitura da música Rusty Cage, do Soundgarden, na voz e violão de Cash.

Mas foi assistindo ao filme que acabei conhecendo um pouco mais da vida desse músico e passei a entender porque muitos o amam e tantos outros o desprezam.

Na infância, Johnny foi responsabilizado por seu pai pela morte de Jack, o filho mais velho da família Cash, ocorrida em 1944 em um acidente com uma serra elétrica. Johnny sofreu com o desprezo do pai, que ignorava tudo que lhe dizia respeito.

Desde cedo Johnny já compunha e tocava violão e após muita insistência com uma gravadora de Memphis (terra de Elvis Presley), Johnny Cash conseguiu ser aprovado em uma audição e, em seguida, virou um grande sucesso na década de 50. Seus primeiros "hits" o levaram aos estrelato, mas foi com o lançamento de seu maior sucesso, "The Folsom Prision Blues" (música esta recentemente assassinada pela enjoadinha da Mallu Magalhães) que Johnny Cash atingiu o auge.

Foi nesta mesma época que conheceu June Carter, se divorciou da primeira esposa e se viciou em anfetaminas e outras boletas afins. Com o aumento do vício, Cash não conseguia nem mais se apresentar. Causava confusões e errava as músicas que deveriam ser cantadas. Estes fatos levaram sua carreira ladeira abaixo no final da década de 60.

Após isto, a morte trágica de dois grandes amigos de Cash, o guitarrista de sua banda Luther Perkins e de Roy Orbison, levaram Cash a repensar um pouco na vida e buscar a reabilitação contra as drogas.

Johnny Cash ficou no ostracismo até o final da década de 90, quando a corajosa American Records resolveu ignorar a personalidade difícil de Cash e resgatar seu excelente trabalho, lançando 4 discos, os quais mesclaram releituras de clássicos, músicas inéditas, participações especiais (inclusive de June Carter e seus filhos) e alguns covers.


Dentre os covers, uma que gostei muito foi a da "One" do U2, a qual embedo logo abaixo. Queria embedar também a cover da Rusty Cage, do Soundgarden, além de outras músicas, mas o site que uso p subir músicas tava uma merrrrrrda e não consegui.

Prometo que o próximo post vai ser só de músicas dele.

Johnny Cash morreu em Nashville, em 12 de setembro de 2003, apenas 4 meses após a morte de sua esposa, June Carter, em 15 de maio de 2003.



segunda-feira, 27 de julho de 2009

De novo entre os Oito


2006, 2008 e 2009! Já mostramos que somos habitués da fase final da Séria C. Nestes três anos que citei, chegamos lá com folga, babando, mostrando uma vontade que é típica dos Xavantes.

Entretanto, em 2006 e 2008, perdemos a força na última fase e não conseguimos alcançar nossa tão sonhada classificação para a Série B do Campeonato Brasileiro. Mesmo com o pacto de mediocridade dos times que chegaram a fase final em 2008, como disse o amigo e jornalista Eduardo Loréa, o Xavante frustrou seus torcedores, deixando de conquistar pontos importantes fora de casa e deixando a vaga escapar entre os dedos (ficamos em sexto, há dois pontos da última vaga).

Agora a fórmula mudou. Tenho mais medo dessa atual, até porque ainda não vi o Xavante jogar.

Vamos enfrentar o forte América mineiro, que já esteve entre os times da primeira divisão, em dois jogos de ida e volta. Forte, pelo menos em tese. Se fosse tão forte não estaria na terceira divisão. Se tivermos melhor desempenho, passamos de fase e estamos classificados para a Série B de 2010.

De novo entre os oito, mas jamais estivemos tão próximos! SORTE, XAVANTE!!

domingo, 12 de julho de 2009

Síndrome de Visitante

Ano passado o Xavante superou todas as expectativas na Série C do Brasileirão 2008, quando chegou até o octogonal final com um time bem razoável, cuja meta era simplesmente classificar-se entre os 20 primeiros.

Chegamos perto, com chances de ficar entre os 4 primeiros e ascender à Série B. Só que não contávamos com um detalhe: a Síndrome do Visitante.

Sim, porque se esquecermos que existiu o Gaucháo 2009, não tenho medo de afirmar que o Brasil não perdeu nenhuma na Baixada nas Séries C de 2008 e 2009 mas, em compensação, pontuou pouquíssimo fora de casa.

Em 2008, ficamos de fora porque simplemente não conquistamos um mísero ponto fora de casa no octogonal final. Já esse ano, apesar de estarmos em 2º, novamente ficamos pendurados no pincel pela incompetência em conquistar pontos fora de casa.

Em 3 jogos, nossa pontuação é de apenas 1 ponto em 9 jogados. Apenas empatamos com o Marília, para depois perder dois jogos no apagar das luzes (1 a 0 aos 47 do 2º tempo em Caxias e 3 a 2 aos 46 do 2º tempo, hoje, em Criciúma).

Nossos próximos dois embates serão cruciais. E mais crucial ainda, será provar que não temos a síndorme do visitante, pois precisamos mais do que nunca, dos 3 pontos em Santa Catarina contra o Marcílio Dias.

Depois, só a festa da classificação contra o líder Marília, na Baixada.

sábado, 4 de julho de 2009

WSNB


Quando fiz este blog pretendia que ele fosse eclético. Que falasse de futebol, fotografia, carros, música, etc. Problema é que tenho descambado mais pros lados da música, o que não é de um todo ruim.


Portanto, seguimos neste contexto.


Estava perambulando pelos sites da vida com o iTunes tocando ao fundo, no modo aleatório, quando ouvi um belo blues, muito parecido com Blues Traveler, mas senti uma certa diferença no vocal, um pouco mais rouco que o do J. Popper.


Abri a tela e vi no tocador: WSNB - Take Your Blues Away. Achei estranho, pq nunca tinha sequer ouvido falar dessa banda. Só que tinha um disco inteiro deles no meu iTunes.


Sinceramente não sei de onde tirei essa banda, mas o fato é que o som deles é muito bom. Coisa rara hoje em dia. Pesquisei na internet e achei a página deles no myspace e ali colhi algumas informações.


O nome da banda é WSNB, que são as iniciais de We Sing Nasty Blues. Como própio nome já diz, a raiz do som é o blues e como eles são da Carolina do Norte, tem forte influência do country (diga-se, ambos os ritmos são primos-irmãos). Também se destaca a semelhança (e evidente influência) do Blues Traveler, especialmente pelo modo de cantar do vocalista e pelas harmonicas, bem presentes na música acompanhando os solos de guitarra.


Para todos os meus milhares de leitores, embedo abaixo duas músicas, ambas do álbum Oktibbeha County (nome de uma cidade rural do interior do Mississipi), lançado em 2008.


Maiores informações no MySpace e no site do WSNB.





sábado, 20 de junho de 2009

Os Anos Criativos

A música é uma arte que sempre revela grandes talentos, estrelas e ídolos. Sempre foi assim, mas confesso que ultimamente tenho tido dificuldade para ouvir algo bom, original e criativo. As bandas e músicos atuais sempre me parecem mais saídos de um empresa de marketing do que de um estúdio.

Hoje em dia se faz música com o simples objetivo de fazer muito dinheiro, especialmente para as gravadoras. Quando uma banda surge, já se projetou toda imagem do artista e os passos seguintes que eles devem dar para vender milhões de DVD's e ingressos para shows, se tornando lucrativos.

Há alguns anos isso não era tão evidente, e volta e meia víamos algo novo e criativo surgindo por aí. Me recordo que há alguns anos, quando ainda morava em Pelotas, a PanSat (atual Viacabo TV) tinha o canal MTV Latino e era impressionante a quantidade de coisa diferente que se via por lá.

Na edição de abril da revista Noize, li o editorial, sob o título "Os Anos da Originalidade", que destacava que alguns anos foram especiais e importantes para a música, com o surgimento de talentos absolutos. O editorial, que era abertura para a matéria principal da revista sobre o ano de 1959 e o jazz, destacou que o rock foi abençoado nos anos de 1967, 1977 e 1991.

Tá bem. 1967 foi o ano de Hendrix, Janis Joplin, The Doors, Rolling Stones e tantos outros grandes talentos do rock. 1977 já era o ano do chamado rock progressivo, com Pink Floyd lançando Animals, e também do puro rock do AC/DC com o lançamento do álbum e filme Let There Be Rock.

E 1991? Pensei, pensei e nada me ocorreu. Daí resolvi pesquisar e qual não foi a minha supresa que muitas das grandes guinadas na histórias de minhas bandas favoritas aconteceram em 1991.

Na verdade eu iria um pouco mais além. O início da década de 90 (1990-1992) foi especial para a música em geral, pois foi nesta época que muitos artistas lançaram seus álbuns de estreia e outros tantos que beiram a perfeição, os quais são sucesso absoluto até os dias de hoje.

Vão aí alguns exemplos do que, plagiando o editorial da Noize, chamei do Anos Criativos:

1990 - Faith No More - The Real Thing





O Faith No More talvez tenha sido uma das primeiras bandas a trazer para o rock alguns elementos do rap. Após um razoável primeiro disco lançado em 1987 (Introduce Yourself), o Faith No More livrou-se do chato vocalista Chuck Mosely e contratou o irreverente e original Mike Patton. Em 1989 entrarm no estúdio e gravaram o disco que os lançou verdadeiramente no mercado musical: The Real Thing.

1991 - Metallica - Black Álbum




O Mettalica andava um pouco esquecido desde o lançamento de ...And Justice For All, em 1988. Isto porque a banda teve que se reformular após a morte do baixista Cliff Burton, aos 26, em uma estrada da Dinamarca, num acidente com o ônibus da banda durante a turnê do Master of Puppets, em 1986. Foi admitido na banda o baixista Jason Newsted, oriundo da horrível Flotsam & Jetsam e em 1988 lançaram o ...And Justice For All, que é um belo álbum, mas que não causou muito impacto. Foi em 1991, após vários anos de estúdio, que o Metallica encontrou sua redenção ao lançar o disco homônimo, mas que é popularmente conhecido como Black Album, em razão da capa toda preta.

1991 - Red Hot Chilli Peppers - Blood Sugar Sex Magik




Disparado o melhor disco do RHCP. O quarteto se reuniu em um casarão afastado do centro do Los Angeles e ficou confinado lá por três meses. Lá foram compostas e gravadas as músicas do Bloog Sugar Sex Magik que, de fato, é um álbum que traz uma clima um pouco misterioso. Isso se deve um pouco ao fato de que as músicas foram pouco ou nada modificadas após sua gravação a qual, diga-se de passagem, foi feita ao vivo.

1991 - Van Halen - For Unlawful Carnal Knowledge




O Van Halen não é lá uma novidade, afinal seu primeiro álbum é de 1978 e antes do FUCK o Van Halen já havia lançado 8 álbuns (VHI, VHII, Women and Children First, Fair Warning, Diver Down, 1984, 5150 e OU812). Este também não é o álbum de maior vendagem da banda, posto ocupado pelo 1984, com 10 milhões de cópias (o FUCK vendeu 3 milhões). Mas este disco é unanimemente considerado o melhor do Van Halen e, sem sombra de dúvidas, é disco que mostra a maturidade musical da banda. Basta ouvir Right Now.

1991 - Ozzy Osbourne - No More Tears




Depois de sair do Black Sabbath na década de 80, o maluco das trevas, Ozzy Osbourne, tentou desabrochar em carreira solo. Lançou vários bons discos como Bark at the Moon, Diary of a Madman e Ultimate Sin. Mas foi em 1991, com No More Tears e as guitarras de Zakk Wylde que Ozzy voltou a vender discos e fazer sucesso após o Sabbath. No More Tears não chega a ser ótimo, mas é um marco entre o ostracismo e o renascimento de Ozzy Osbourne

1992 - The Black Crowes - The Southern Harmony and the Musical Companion



Antológico. É que se pode dizer desse álbum que é puro rock and roll. Querem saber como eu rotulo o rock clássico: ouçam este álbum. Southern Harmony é o segundo álbum da banda (que 2 anos mais tarde lançaria seu melhor disco: Amorica) é a própria encarnação do rock. O Black Crowes conseguiu, num mesmo espírito, fazer músicas encarnadas e agitadas, alternadas com baladas fortes e backings femininos de primeiríssima qualidade, como pode-se notar na música Bad Luck Blue Eyes Goodbye. Ah, neste álbum foram lançadas Remedy, Thorn in My Pride, Sometimes Salvation, Blackmoon Crreping, dentre outras.

1992 - Rage Against The Machine




Este primeiro álbum do RATM chamou a atenção de todo mundo por três motivos: primeiro pelo som, totalmente original, tocado como heavy metal e cantado como rap; segundo, pelas letras fortes de protesto e revolução, vindas da cabeça doentia de Zack de la Rocha; terceiro, pelo excelentes solos e domínio total dos efeitos pelo guitarrista Tom Morello. É um disco que traz um som inovador e revolucionário que, sem dúvida, criou uma nova tendência no rock mundial.

1992 - Stone Temple Pilots - Core


O Stone Temple Pilots surgiu em 1986, mas foi só em 1992 que lançou seu álbum de estreia: Core. No início foi muito criticado por se parecer com Pearl Jam e Alice in Chains. Ignorando tudo isso, o disco vendeu mais de 7 milhões de cópias no mundo todo e revelou pelo menos dois grandes hits: Creep e Plush.

O Surgimento do Grunge

Em 1990 surgiu algo que considero ter sido o último lampejo de criatividade em movimentos musicais: O movimento Grunge. Surgido na cidade de Seattle/WA, nos EUA, os grunges deram um balanço especial ao rock, além de ficarem visualmente caracterizados pela roupas langanhentas e sempre compostas por uma camisa de flanela xadrez.

Basicamente 5 bandas estouraram de uma hora para outra, sendo que 4 delas tiveram estrondoso sucesso mundial: Alice in Chains, Soundgarden, Pearl Jam e Nirvana.

Este movimento foi tão forte que em 1991 foi lançado o filme "Singles", que mostrava um pouco da vida em Seattle. O filme é ruim, mas a trilha sonora é fantástica, com músicas de Screaming Trees, Paul Westerberg, Smashing Pumpukings, Mother Love Bone, além das 4 bandas já citadas. Foi neste álbum que o Pearl Jam lançou a excelente State of Love and Trust.




Neste período, vieram os discos de estreia das 4 principais bandas de Seattle, os quais mudaram de uma vez por todas o rumo do rock mundial:

1990 - Alice in Chains -Facelift



1991 - Soundgarden - Badmotorfinger


1991 - Pearl Jam - Ten



1991 - Nirvana - Nevermind




Essa época do início dos anos 90 foi tão criativa para os grunges que eles lançaram uma banda de um disco só: TEMPLE OF THE DOG, também lançado em 1991. Este disco surgiu para homenagear o vocalista da banda Mother Love Bone, Andrew Wood, morto um ano antes por overdose. O Mother Love Bone foi o embrião do Pearl Jam, pois era formado pelos músicos Jeff Ament e Stone Gossard, respectivamente baixista e guitarrista do PJ.



Com a morte de Andrew, que era amigo em comum dos músicos do Soundgarden, surgiu a ideia de homenageá-lo através desse álbum, que acabou lançando um dos grandes hits da época. A música era Hunger Strike e já contava com a participação de Eddie Vedder, recém admitido nos vocais do Pearl Jam e que hoje é a imagem da própria banda.

Nos anos posteriores, o gruge perdeu um pouco de sua força. Das 4, digamos, grandes, somente o Pearl Jam sobrevive (e muito bem) até hoje, pois o Soundgarden se desfez pela vaidade de Chris Cornell (a banda cedeu Matt Cameron para o Pearl Jam), enquanto que Alice in Chains e Nirvana se desfizeram pela heroína, consumida avidamente por seus vocalistas Laney Staley e Kurt Cobain, levando-os à morte.
Depois disso, nos anos seguintes, alguns outros excelentes talentos surgiram, tais como Dave Matthews Band, Jamiroquai, Alanis Morrisette, Ben Harper, Apocalyptica, Days of the New, Hootie & The Blowfish, Green Day e Live, apenas para citar alguns.
Contudo, não resta dúvida que a fase mais criativa da música nos últimos anos foi o início da década de 90, o que me leva a crer que os anos criativos acabaram.


*****


P.S.: TAMBÉM FOI EM 1991 QUE O XAVANTE VOLTOU PARA A PRIMEIRA DIVISÃO, GANHANDO O BRA-PEL DO SÉCULO COM UM GOL DO LAMBARI. NESTE MESMO ANO LEVAMOS A COPA CIDADE DE PORTO ALEGRE E EM 1992 CONQUISTAMOS A COPA CLÉBEL FURTADO!!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Para Lavar A Alma


A ultima vitória xavante tinha acontecido há dois meses, contra o Novo Hamburgo, pelo Gauchão 2009, vitória que nos livrou do vexatório recorde de cair sem uma única vitória, feito este só atingido pelo inigualável time da avenida. Aquela foi a primeira vitória desde o estranhíssimo 15 de janeiro, mas não teve um gosto muito bom. Ontem o Xavante voltou à baixada para jogar uma competição oficial!

Numa bela tarde de sol, alguns milhares de rubro-negros empurraram o ainda desentrosado Brasil em busca da primeira vitória na Série C de 2009.

Foi um jogo tipicamente xavante: lances de pouca técnica, erros de tirar a paciência do torcedor, pressão do adversário e... aquele golzinho salvador aos 39 do segundo tempo, quando muita gente já caminhava pela Princesa Isabel de volta para casa.

Foi uma vitória para lavar a alma!

A alegria voltou à baixada e o clima de festa serviu para dar alguma esperança ao torcedor de que as agruras de 2009 se acabaram e agora a vida volta ao normal, embalada pelo sonho de chegar à Série B.

O primeiro passo já foi dado.

sábado, 23 de maio de 2009

Paul Gilbert







Voltando aos grandes guitarristas, faço um post de um cara que descobri há pouco tempo: Paul Gilbert.

Na verdade já conhecia o dito cujo por ele ter sido guitarrista do Mr. Big, banda poser que assombrou as rádios e infernizava a MTV com seu hit "to be with you", de 1991. Por uma questão de preconceito nunca tinha parado para ouvir o trabalho do Paul Gilbert em carreira solo.

Conhecia ele também pelo fato de que o Peter (ex-Banda Ópio e ex-Euseiquetudança) tinha uma guitarra da Ibanez igualzinha à do Paul Gilbert. Fora isso nada mais.

Tempos atrás resolvi pesquisar alguma coisa sobre ele no YouTube e achei vídeos excelentes que me surpreenderam por três coisas em especial: a habilidade, a velocidade dos solos e o tamanho do dedo mínimo do cara.

Prestem atenção nos vídeos embedados! O cara tem quatro dedos praticamente do mesmo tamanho! Aliás, isso explica muito de sua habilidade.

Ele tem uma carcaterística bem marcante que lembra o Yngwie Malmsteen, pois utiliza o arpejo como técnica de solo e tem uma base bem voltada para a música erudita. Além disso, usa elementos de heavy como cavalgadas e bases distorcidas tocadas em um corda só.

É um trabalho que vale a pena ser conhecido, especialmente para quem gosta desse tipo de múscia, evidentemente. As músicas embedadas são Scarified e Technical Difficulties. A propósito, tenho que dar os devidos créditos ao Carlos Ferreira, guitarrista/baixista da minha banda ainda sem nome que sugeriu o post. Outras sugestões, recebidas do meu bruxo Guguzão, guitarrista/baixista da Soulheartfleshbones, nossa banda que nunca saiu do papel, serão postadas em breve.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

ERJA LYYTINEN


Caraco!!

Foi isso que disse quando vi esse nome da internet. Depois vim a descobrir que era de uma cantora que fazia um som de excelente qualidade.

De origem Finlandesa, filha de músicos e nascida na cidade de Kuopio, Erja Lyytinen é uma excelente guitarrista e compositora. Além disso é especialista no uso do slide, uma técnica muito usada pelos "bluezeiros", que consiste no uso de uma espécie de dedal de metal (vide foto ao lado), que é deslizado sobre as cordas (daí o nome), o que dá uma sonaridade toda peculiar.

Os entendidos classificam o som dela com sendo blues. Eu já acho que vai mais além.  Analisando as músicas, pode-se perceber que ela pegou um dos principais elementos de blues (justamente o slide) e conseguiu casá-lo perfeitamente com o pop. Por vezes, suas músicas fazem uma pequena incursão pelo country americano, como se pode ver pela música Lei it Shine, embedada logo abaixo.

Já Grip of the Blues (também embedada) é uma música que já puxa mais pro lado pop, com alguns toques e elementos de soul (misturada ela, não), como a levada da bateria.

Por fim, a veia blues dessa cantora fica bem evidenciada na canção Everything's Fine, que possui todos os elementos clássicos de blues e mais um toquezinho pessoal.

As músicas que embedei aqui são do álbum Grip of Blues, de 2008, segundo álbum de Erja Lyytinen.






segunda-feira, 27 de abril de 2009

Esculturas Líquidas

Ando na fase fotográfica ultimamente. Já, já se encerra. Basta eu ir a uma loja de material fotográfico e ver que um kit da Nikon tá pela hora da morte. Dái ponho a viola no saco e volto para casa.

Então, aproveitando esta fase, tenho andando bastante por sites de fotos, fotógrafos profissionais, lojas, etc. Numa dessas, descobri um site muito interessante chamado LIQUID SCULPTURE, que contém fotos de pingos de diversos líquidos se espatifando.

A técnica do cara, o americano Martin Waugh, (me corrijam os técnicos se eu estiver errado) é chamada still (já vi chamarem de stand still), e consiste em usar a máquina imóvel em altíssima velocidade, captando o momento exato em que o líquido se deforma e dá forma a uma "escultura líquida".

As imagens são surpreendentes e insólitas. Belíssimas. Muitas vezes não se pode identificar como foi feito e qual o material ou superfície utilizado.

Infelizmente, por questões de direitos autorais, não posso postar nenhuma foto aqui no blog, mas basta clicar aqui para acessar a página do Liquid Sculpture, que possui muitas imagens, além de informações, inclusive sobre o processo de produção das fotografias.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Talentos Fotográficos

Como eu já disse na descrição, este blog se dedica a divulgar as coisas que eu me interesso. Um dos meus interesses, já de longa data, é a fotografia.

Muito embora eu não tenha o conhecimento técnico para casar abertura, velocidade, lente adequada para uma boa foto, eu tenho minha incursões pelo mundo das artes fotográficas, utilizando uma velhissima, porém excelente, Nikon F da década de 60, que era do meu pai e funciona perfeitamente.

Claro, as fotos não são digitais.

Mas além de fotografar eu gosto muito de apreciar e ficar navegando pelo Flickr, do Yahoo, onde descubro grandes talentos e fotos fantásticas. Dia desses encontrei um grupo com fotos só de Pelotas. é impressionante como Pelotas é fotogênica.

Mesmo suas ruínas são dotadas de uma beleza ímpar. Não sei se isso é um sentimento pessoal, por ser de lá, identifcar locais, etc. Mas o fato é que navegando neste grupo, descobri vários fotógrafos, uns profissionais, outros puros amantes da fotografia.

Neste post eu pretendo só falar destes ótimos fotógrafos pelotenses, a quem peço a liberdade de postar um palhinha e ainda indicar o link da página pessoal do Flickr.

O primeiro é um amigo já de longa data: JULIANO KIRINUS. Sempre foi um cara talentoso e habilidoso. Volta e meia ia na casa dele e ele estava enfiado embaixo do carro, desmontando a suspensão, o para-choque (segue com hífen e caiu o acento. É isso?). Daí ele foi fazer Direito, se formou e... virou fotógrafo! Ótimo fotógrafo, diga-se. Basta ver a página dele aqui, ou acessar o Flickr dele, clicando no nome ali em cima.

A propósito, acompanhando ele em um casamento, ele me contou que a primeira máquina reflex que ele manuseou foi a minha velha e boa Nikon F. [:^))

Outro amigo de muito anos é o VINÍCIUS COSTA (não, não é o árbitro). Outrora goleiro do time de handebol do Colégio Gonzaga, no qual eu era armador direito, formou-se em jornalismo e profissionalizou-se em fotografia. Outroa cara de visão e talento, com página pessoal aqui e link do Flickr no nome. Talento que pode ser visto na foto abaixo.


Nome da foto: sob luz Autor: Vinícius Costa

Os outros não conheço pessoalmente. Descobri navegando.

EDU RICKES, me parece, é fotógrafo profissional, assim como sua parenta (pelo sobrenome deve ser irmã), que também não conheço pessoalmente, MIÚDA RICKES. Para quem não sabe, Edu Rickes foi o autor daquela foto na qual o Milar aparece com asas, que correu o Brasil (encontrei ela num site sobre os times do futebol sergipano, para terem uma ideia). 

As fotos de ambos são belíssimas. Primam por uma perfeita sintonia de luz e cor.

Por fim, fiquei muito impressionado com o talento de outra fotógrafa que descobri no Flickr: FERNANDA TOMIELLO (ao que parece não é profissional). Além das fotos fabulosas que tira, me impressionou o fato de fazê-las com uma máquina da Sony, compacta, dessas que tem na Multisom. Revela um talento inato. Sempre digo que fotógrafo precisa ter um ótimo equipamento, mas ela me prova o contrário e mostra que fotógrafo tem que ter uma visão além do alcance, conforme se vê na foto abaixo.






Nome da Foto: Luz e Sombra
Autora Fernanda Tomiello



Explico duas coisas: 1) o que quero dizer por ser ou não profissional não tem nenhuma relação com a qualidade das fotos, mas sim o fato de ser a fotografia o sustento do autor; 2) não postei fotos do Edu Rickes, Miúda Rickes e Juliano Kirinus porque não estavam com download disponibilizado (direitos autorais protegidos), ao contrário do Vinícuis Costa e da Fernanda Tomiello que o disponibilizavam, publicadas com os devidos créditos neste blog.

Buenas, tem muitos outros fotógrafos de grande talento no Flickr. Mas guardo para um post futuro, mesmo porque esse já tá grande demais.

Pianotarium

Particularmente eu gosto muito de releituras musicais, especialmente aquelas que utilizam instrumentos inusitados para determinado tipo de música. Tanto gosto do Yngwie Malmsteen dando cara de rock and roll para as obras do Beethoven, quando gosto do Apocalyptica fazendo o inverso, tocando heavy metal com cellos (post futuro).

Dia desses me indicaram um site de um pianista, Scott D. Davis, que estava lançando o album Pianotarium, que é um tributo a sua banda de heavy metal favorita, o Metallica, todo relido para o piano.

Segundo a própria descrição do site, Pianotarium é o resultado de um trabalho feito com amor, diferente de outros tributos. E ressalta: todos os solos de guitarra estão lá.

E estão mesmo!!

No link abaixo, estão alguns vídeos deste pianista, tocando músicas do Metallica, Evanescence, Guns 'n' Roses e outra que não conheço. Claro, também estão no YouTube. Vale a pena conferir!

PIANOTARIUM

terça-feira, 21 de abril de 2009

Jackson Beltrame





Acho que ano era 1997, ou 98. Na época ainda era aluno de bateria do Luke Faro em Pelotas e, numa de suas aulas, me comentou sobre um show de um trio que estava formando, o Trio G3, ou coisa parecida, que além dele contava com Vezo Campos, no baixo, e Jackson Beltrame, na guitarra.

O repertório? Yngwie Malmsteen, Steve Vai, Joe Satriani, Gary Moore, etc.

Então fomos eu, o Mano e o Gugu prestigiar nosso professor, lá no auditório da faculdade de música da UFPEL, um lugar pequeno e bem simples.

Sendo o repertório formado apenas por músicas instrumentais de grandes guitarristas, acabou se destacando o Jackson Beltrame. Sinceramente, ao vê-lo no palco, tímido e com a guitarra colocada na altura do peito, achei que ia ser um grande mico. Já no primeiro acorde, estoura uma corda da guitarra e quase se confirma meu temor. Sorrisos amarelos tomaram conta do ambiente.

Esses sorrisos logo foram substituídos por bocas abertas. O trio era fantástico e o Beltrame mandava bem pra cacete. Praticamente não errou um único solo, mesmo aqueles repletos de arpejos que, aliás, parece ser sua especialidade.

Eis que dez anos depois, navegando pelo YouTube, encontro um vídeo postado pelo próprio Beltrame. Uma composição própria filmada em detalhes justamente para que ele pudesse demonstrar sua habilidade.

Então, seguindo a série dos guitarristas, vai o vídeo do Jackson Beltrame, um guitarrista muitíssimo habilidoso lá das grotas de minha cidade natal.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Baixa no Elenco Xavante

Com o fim do Gauchão pro Brasil e o previsto rebaixamento, iniciaram-se as dispensas e novas contratações para a Série C. Foram mantidos os jogadores de melhor aproveitamento, tipo o Cléber, Alex, Kelson, Edenilso, etc.

Dentre estes estava o Magno, que é um meio-campo beeem habilidoso. Demais até para nosso time, e que sempre nos trazia uma pontinha de esperança com alguma jogada individual, ou alguns daqueles chutes colocados de fora de área.

Pois não é que o guri vai embora??

Previsível, não? Mas é de se lamentar, porque esse jogador em um time planejado seria um grande diferencial para o Xavante na Série C.

Pelo menos, o Brasil, que tinha contrato com ele até 23 de novembro recebe algum dinheiro por conta da multa rescisória. Ou não!! Isto porque quem levou o guri foi o Vasco e há um boato (li na internet) que se a venda do passe fosse feita a algum time das Séries A ou B, o Brasil nada receberia.

Em resumo, ficamos sem um grande jogador e sem dinheiro. Mais uma "boa" notícia neste fabuloso 2009!!

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Brasil X Botafogo


Grande iniciativa do Fogão, que hoje passou a ser meu time na primeira divisão do Brasileirão.

Clube tradicional do Rio de Janeiro e do Brasil, o Botafogo lançou o projeto Estrela Solidária (em alusão a como é conhecido por seu escudo - Estrela Solitária), que é um projeto social em parceria com a Prefeitura do Rio de Janeiro que vai disponibilizar profissionais de vários esportes buscando a socialização de crianças carentes e escolas públicas, permitindo a iniciação destes no esporte.

Este projeto será realizado somente no Rio de Janeiro, mas o Presidente do Botafogo, Maurício Assunção, optou por lançar o projeto aqui no Rio Grande do Sul. Mais exatamente em Pelotas. Mais exatamente, ainda, na Baixada.

Assim, o Botafogo e Brasil de Pelotas agendaram um amistoso para o dia 26 de maio, na Baixada, que servirá como lançamento do projeto Estrela Solidária pelo Botafogo e como preparação do Brasil à Série C, que inicia dia 31 de maio com uma pedreira contra o Marília/SP fora de casa.

De quebra, será um jogo para atrair grande público à Baixada, o que permitirá ao Brasil arrecadar alguns mirréis antes de sair em busca da tão sonhada Série B brasileira.

Destaco que o Fogão marca este amistoso no meio do Campeonato Brasileiro, pois aproveitará a vinda à Porto Alegre no dia 24, onde joga com o Grêmio pela terceira rodada, para, depois, se deslocar à Pelotas e jogar este amistoso.

Uma atitude digna de um clube grande, sensibilizado pela situação do Xavante, que vai à Pelotas nos ajudar a arrecadar e nos preparar para a Série C.

VALEU FOGÃO!! SEJAM BEM-VINDOS À BAIXADA!!!!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Novo Blog

Em breve, vou criar um novo blog, para aqueles que se interessam por assuntos exclusivamente jurídicos.

Pretendia que este blog pudesse falar tudo, inclusive dos assuntos jurídicos, com os quais trabalho diariamente.

Entretanto, acabou que esse blog vai ficar pra falar abobrinha, enquanto que no outro vou tratar de assuntos jurídicos.

Por enquanto só reservei o "domínio", que é http://ojuridiques.blogspot.com.

Em breve!

sexta-feira, 3 de abril de 2009

A Primeira Vitória

Enfim, na última rodada, veio a tão esperada vitória xavante!! Essa vitória veio só para afastar o fantasma da queda "invicto", situação que ocorreu com nosso co-irmão, que rezava para que alcaçassemos essa proeza.

Mas não sucumbimos e ganhamos na última. E de goleada: 1 a 0.

Os co-irmãos têm dito que é muita mediocridade comemorar uma vitória na última rodada, que estão rebaixados e blá, blá, blá. Só que, diferentemente daquele já longínquo 2004, nós vivemos um ano negro e atípico, por tudo que já se falou.

Já eles tiveram preparação em tempo adequado, selecionaram suas contratações, tiveram dinheiro disponível para isso e jogaram 26 (vinte e seis jogos), "conquistando" 12 empates, 14 derrotas e ZERO vitórias. Tá lá no Diário Popular de 31 de maio de 2004. Percentualmente, fizeram 15,38%.

Essa vitória veio para lavar a alma, quebrar aquela barreira psicológica da primeira vitória e ajudar o clube a ganhar confiança e iniciar sua reformulação, que já começou com a dispensa de 15 jogadores. A lamentar, só a dispensa do excelente goleiro Luiz Carlos, que volta ao Inter.

Aguardemos a Série C.

terça-feira, 31 de março de 2009

Yngwie Malmsteen













Na toada dos grandes guitarristas, iniciada com Zakk Wylde, é a vez de Yngwie Malmsteen, guitarrista sueco, de formação erudita, que acabou se destacando por trazer roupagem de heavy metal a grandes obras da música clássica.

Nascido em 1963, em Estocolmo, Suécia, com o nome de Lars Joahn Yngwie Lannerbäck, não tinha qualquer interesse pela música até que, assistindo TV em 1970, viu Jimi Hendrix (terá post no futuro) quebrar e atear fogo em sua Fender Strato creme, no festival psicodélico Woodstock. Com evidente intuito destrutivo e piromaníaco, Yngwie ficou vidrado naquelas imagens e, desde aquele momento, iniciou um aprendizado sobre o instrumento que hoje domina como poucos.

Garoto problema e briguento, aos 15 anos Yngwie largou os estudos e dedicou-se à arte da luteria, através da qual descobriria um escalonamento de trastes diferenciado em sua guitarra, ajuste que tornou possível obter resultados impressionantes.

Malmsteen fez parte de apenas duas bandas, as deconhecidíssimas Alcatrazz e Steeler. Assim, em 1984 partiu em carreira solo, misturando heavy metal e música erudita em uma combinação única e surpreendente. Lançou vários álbuns e chegou a figurar na posição nº 60 da Billboard (algo inédito para um disco inteiramente instrumental).

Em 1987 sua carreira quase chegou ao fim, quando acidentou-se e ficou uma semana em coma, perdendo parte dos movimentos de suas mãos. Só um susto para quem, apenas um ano mais tarde, lançaria o seu álbum mais aclamado pela crítica: Odissey.

Uma de suas técnicas mais apuradas é o arpejo. O aprimoramento desta técnica le permitiu tocar na guitarra músicas eruditas, como a e a 9ª Sinfonias de Beethoven, além de diversas outras músicas eruditas e tantas outras versões de música pop, tais como fez com Gimme, Gimme, Gimme, sucesso do Abba nos anos 80, que vai embedada acima.

Dentre seus últimos projetos, Malmsteen integrou, no ano de 2003, a turnê da aclamada G3, ao lado de Steve Vai e Joe Satriani, idealizadores do projeto, do qual resultou o álbum Rocking in a Free World.
Como de costume, embedo algumas amostras do sujeito. Como já disse, Gimme, Gimme, Gimme, do Abba em versão heavy metal e um vídeo no qual ele demonstra as técnicas do arpejo na múscia Arpeggios From Hell.

sábado, 28 de março de 2009

Zakk Wylde









Seguindo o rumo da música, vou fazer alguns post sobre grandes guitarristas e hoje inicio com Zakk Wylde, o menino prodígio descoberto pelo Ozzy que virou a principal atração dos shows de seu mentor.

Nascido em 14 de janeiro de 1967 com o nome de Jeffrey PhillipWiedlandt, Zakk Wylde manifestou seu interesse pela guitarra aos 15 anos e, desde então, o instumento passou a reger sua vida, a quem dedicava 12 horas diárias de estudo.

Tanto esforço teve como resultado a vaga de guitarrista do Ozzy aos 19 anos, uma responsabilidade e tanto para o sucessor de Randy Rhoads e Jake E. Lee.

Mas ele não só não decepcionou como criou um estilo próprio de tocar, dando nova vida ao som de Ozzy Osbourne, tornando-se co-autor de suas músicas e traçando, a partir dali, uma carreira própria.

Zakk é considerado mestre dos pinch harmonics, ou hamônicos artificiais, característica que permite identificá-lo desde o primeiro solo. Além disso, Zakk tem como características os solos baseados no uso da escala pentatônica menor e das palhetadas alternadas (roubei essas informações de um site sobre guitarristas).

Atualmente, Zakk Wylde é considerado um dos principais guitarristas do heavy metal mundial, alternando atividades entre sua banda, o Black Label Society e o Ozzy Osbourne.

Nos vídeos, os solos das músicas farewell ballad e losing your mind, em imagem detalhada que mostra muito bem a técnica diferenciada deste guitarrista

quarta-feira, 25 de março de 2009

A inevitável queda


QUE ANO!!

Esta deve ser a frase mais dita pelos Xavantes, desde o fatídico 15 de janeiro de 2009, dia do desmonte de um clube quase centenário. Um evento que nem Nostradamus seria capaz de prever.

Desde este dia, as notícias, ou melhor, as más notícias foram despejadas em nossa cabeça sem dó nem piedade. Começou com a notícia do acidente, seguida pela confirmação da morte do Milar, do Régis e do Giovanni. Continuaram naquele 16 de janeiro: Edu, Xuxa, Armando... todos feridos e afastados de suas atividades. Há uma semana do início do Gauchão.

Decidimos participar sob a promessa de ajuda dos "grandes" (merdas) do nosso estado. Mandaram duas perebas e no meio do campeonato tiraram um deles. Mas o problema era nosso mesmo.

Iniciou-se a maratona. Insuperável para qualquer time. Mas ficamos lá, encarando cada adversário, recebendo hostilidades das torcidas adversárias (alguns imbecis acreditam que o Brasil tirou vantagem da tragédia). Acumulamos derrotas. Nos agarramos à última posição, apesar da luta e da garra.

Veio o jogo contra a Ulbra e mais más notícias: goleados por 5 a 2 na baixada, com briga generalizada e suspensão de 3 jogadores do Brasil, no dia da saída do Claudião.

Mas não parou por aí. Levamos 7 a 0 do Inter, no jogo mais covarde do Brasil este ano. Perdemos Rafael Paraíba, dispensamos jogadores e recebemos a notícia que a série C será pro forma, um verdadeiro mico.

Para completar, ontem, apesar de sairmos na frente do placar pela primeira vez no Gauchão, perdemos mais uma e confirmamos, de fato, o inevitável rebaixamento que se desenhou naquele 15 de janeiro de 2009.

Apesar disso, não me entristeço e gostaria que os Xavantes também não se entristecessem. Isso já aconteceu conosco em outras oportunidade. Voltamos!! Somos tri-campeões da segundona (1961, 1991 e 2004)!!! Ninguém conhece ela melhor do que nós. Não tenho dúvidas que a história vai se repetir.

Não sei se levaremos um, dois ou seis anos para voltarmos. Mas ergamos nossas cabeças em direção ao futuro, pois já mostramos toda a capacidade de nos recuperarmos de uma queda. Já outros times conhecidos...

segunda-feira, 23 de março de 2009

Museu do Futebol




Essa semana estive em São Paulo e, com tempo livre, fui ao Pacaembu conhecer o Museu do Futebol, que é um projeto da CBF com o apoio da Prefeitura de São Paulo e da Rede Globo.

Fiquei bastante surpreso com a modernidade e os formatos das exposições, em suas maioria interativos, permitindo que o visitante escolha, por exemplo, assistir a uma mesma jogada clássica do futebol com várias narrações diferentes.

Logo no início o visitante entra em um saguão com pé direito duplo e as paredes repletas de badulaques dos times brasileiros. Escudos, camisetas, flâmulas, cartazes antigos, etc preenchem todos os espaços em branco.

De cara, encontrei um cartaz muito antigo do Pelotas, que no escudo ainda exibia as letras SCP (Sport Club Pelotas), depois abrasileiradas para ECP. O jogador, nº 11 chamado Suzana (com A mesmo - ninguém ouviu falar dele), traja camiseta azul com listras amarelas e touca, provavelmente do início do século passado.

Olhando as paredes encontrei escudos e camisetas de vários times gaúchos: São Paulo de RG, Rio Grande, Caxias, Juventude, Pelotas, Renner, dupla Gre-Nal e muitos outros que não recordo de cabeça neste momento. Mas nada do meu xavante.

Subi as escadas meio desapontado e fui percorrendo os corredores do museus, que fica logo abaixo das escadas do Pacaembu (belíssimo estádio, por sinal). Conheci as locuções de rádio das décadas de 30 a 60. Assisti a gols antológicos narrados por diversos narradores. Senti a vibração da torcida nos subsolos do estádio e relembrei a história de todas as Copas do Mundo.

Em uma breve exposição de objetos, bolas das décadas de 20, 30, 40 e 50, chuteiras (!!) da mesma época e a camiseta do Pelé da Copa de 70. Quase duas horas depois e nada do Xavante.

Eis que, no último setor do museu uma tabuleta anunciava: "Conheça os 128 principais times brasileiros." Critério: ter participado pelo menos uma vez da Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro.

Corri p letra B e lá estávamos nós: BRASIL DE PELOTAS/RS!! E nada do co-irmão! :^) Saí de lá satisfeito por ver que, mesmo fazendo pouco, somos parte da história do futebol brasileiro.

Embora tenha sentido falta da exposição de objetos (camisetas, troféus, etc) e de um pouco mais sobre os clubes que fazem o nosso futebol, valeu a pena conhecer o museu, que nos dá uma noção da grandiosidade do que vem a ser esse tal futebol.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Redoma





Vai aí mais uma dica de música, especial pra quem curte um metal beeeem barulhento.

Há alguns meses minha senhôra ganhou convites para um evento no Pepsi On Stage, no qual tocariam várias bandas, dentre as quais, fechando o evento principal, a Banda O Rappa.

Chegando lá, tocava um tal de Zack Ashton. Um reggaezinho mais manjado que o golpe do bilhete premiado, mas que atraiu muita gente para bem perto do palco. Entre uma música e outra, naquele intervalo sem barulho, pude ouvir um ruído paralelo, vindo do pátio.

Curioso fui atrás e havia um palco secundário montado. Sobre o palco três rapazes e uma moça faziam uma zueira daquelas. Fiquei observando e acabei por descobrir essa excelente banda de heavy metal, daqui de Porto Alegre, que tem evidentes influências de System of a Down (basta ouvir a música Inércia, embedada acima, para confirmar), além de um pouco de Slayer e mais um pouquinho de Pitty (até porque os vocais são femininos, o que produz uma inevitável semelhança).

Os integrantes (Cássia - vocais, Nuclear - Guitarras, Duduh - baixo e Junks - batera), trajados à carater com roupas pretas, de couro, cabelos esquistos, coloridos, piercings e tatuagens, fizeram um show digno e prenderam a atenção das pessoas que ali estavam, fazendo valer aquela noite (o xô do Rappa foi beeeeeeeeeeeem sem graça).

Como sempre, embedo duas músicas para que se tenha uma palhinha do trabalho realizado por esse pessoal. Mais sobre eles poder ser conferido na página deles no MySpace.

terça-feira, 17 de março de 2009

Desejo

Tem coisas que só acontecem conosco. Já outras só acontecem com os outros.

Prova disso é o chá de sumiço que tomou aquele zagueiro do Grêmio, o desconhecido Mário Fernandes. Porquê isso não acontece conosco?? Porquê???

Talentos desperdiçados

Dias desses entrei no site do Brasil de Pelotas e vi um link, logo à direita para o site (blog) do "Centro de Formação Xavante" e, muito curioso, acessei dito blog. Lá encontrei diversas notícias sobre a apresentação do grupo Xavante de juniores, reunião na Federação Gaúcha, etc, mostrando que verdadeiramente o Brasil tem categorias de base.

Contudo, se verificarmos os anos recentes, vemos que apenas uns pouquíssimo jogadores saíram de nossa categoria de base para o grupo profissional. Alguns exemplos que rememoro de cabeça são o goleiro Michel Alves, a dupla de zaga Régis/Alex e o atacante Tiago Rodrigues.

E aí uma pulga alojou-se atrás da minha orelha: porque não surge um grande talento na Baixada? Será mesmo a falta de estrutura que não prepara o jovem adequadamente ou será pura incompetência na descoberta desses talentos?

Em princípio, fico com a segunda opção. Basta que pensemos os pelotenses que despontaram no futebol.

O primeiro da era moderna foi o Émerson, volante do Milan. Jogou no Progresso e de lá foi para o Grêmio, sem passar por nenhum time profissional de Pelotas. Voou do time do Alcione direto para o Olímpico para ser Campeão da Libertadores, sem que nossos olheiros e dirigentes tomassem conhecimento de quem fosse o Émerson.

O segundo foi o Daniel Carvalho. Esse nem sei de onde veio. Só sei que apareceu no Inter jogando uma bola e tanto, tendo chegando em seguida à Seleção e embarcando depois para Rússia, onde ficou rico e gordo.

O terceiro é o Taison. Um jogador que não considerado assim uma Brastemp por muitos. Tem gente que ama e tem gente que odeia. Mas o fato é que o guri é co-artilheiro do campeonato gaúcho e poderia muito bem estar ajudando o Brasil a sair dessa areia movediça em que se meteu.

Mas não. Nossos olheiros e dirigentes não o descobriram, assim como os outros dois. Deixaram que o guri fosse embora para o Inter sem sequer pisar nos verdejantes gramados da Princesa do Sul.

Se a imprensa gaúcha não estragar o guri como fez com o Bruno, ex-Grêmio (considerado o "novo Ronaldinho"), acredito que logo-loguinho irá para o centro do País ou para o exterior, gerando ao colorado o que mais nos falta: DINHEIRO!

E seguimos com nossa categoria de base...

terça-feira, 10 de março de 2009

Certeza


Nos anos 40, uma equipe rubro-negra do interior de Pernambuco ficou mundialmente famosa por receber o "título" de Pior Time do Mundo. Esta equipe, de nome Ibis, recebeu a homenagem dos torcedores adversários por uma sequência de 9 derrotas consecutivas e 23 jogos sem vitórias. No fim das contas passaram-se 3 anos e 11 meses sem uma única vitória do Ibis.

Hoje a noite, um outro rubro-negro foi protagonista de um resultado de fazer inveja ao Ibis dos anos 40, levando 7 a 0 do Inter. E NA BAIXADA!!!

Não contesto a qualidade do Inter. É um time superior, mais forte, mais rápido, mais tudo. Mas critico a postura do Brasil em campo, desde a infantilidade do Fred (devia ser o Flintstone) ao fazer duas faltas ridículas e ser expulso, até a falta de luta, de garra e de brios desse time, que é o mais apagado da história recente do Brasil.

E as dificuldades causadas pelo acidente não servem mais de desculpas. Os jogos a cada dois dias, a impossibilidade de treinar, a falta de entrosamento já passaram e cabia ao Brasil ter sido mais lutador em campo.

A situação excepcional que vivemos este ano também não serve de desculpa para nosso desempenho, pois este é o terceiro ano seguido que SÓ lutamos para não cair.

Destaquei a luta desses jogadores em posts anteriores, mas hoje nos acovardamos, nos escondemos no nosso campo. Não fomos guerreiros! Não fomos Xavantes!

Acompanho o Brasil desde criança. Neste período, vi nosso time ganhar do Flamengo em 85, eliminar o Grêmio em 98 (no Olímpico) e também o vi cair para a segunda divisão por pelo menos umas três vezes. Mas NUNCA tinha visto o Brasil tomar 7!! Vergonhoso! Até o Marcola, que ali ao lado faz sinal de positivo, deve ter se revirado no túmulo com essa goleada.

Esta noite certamente entrará na história negativa do Xavante e assim vamos contabilizando os prejuízos, sem vencer desde a Série C do ano passado, o que me faz ter cada vez mais certeza que a segundona é nosso destino.

TE CUIDA, IBIS!!!!

segunda-feira, 9 de março de 2009

Dúvida

Eu não deveria falar sobre isso, mas... será que vamos levar uma chinelada muito grande amanhã??
Pelo menos o D'Alessandro não vai.

Oremos...

quarta-feira, 4 de março de 2009

Zarathustra








Não. Não tô aqui falando de Zarathustra, o Zoroastro, que era um profeta Persa do ano 3.000 a.C. (nada como a wikipedia nos dias de hoje).

Falo de uma banda alemã, de rock progressivo, cuja história é pouco ou quase nada conhecida. Eu mesmo não sei praticamente nada sobre eles.

Descobri o som dessa banda, que tem um pouco de Uriah Heep, The Who e Pink Floyd no blog do Seres da Noite, que disponibiliza esse álbum para download e, pelo que fala no post, é o único registro em estúdio da banda - item de colecionador.

Esse disco foi lançado em 1971 e teve a missão inglória de disputar a preferência do público com álbuns hoje clássicos do rock mundial. Só para que se tenha uma ideia, nessa época foram lançados Aqualung, do Jethro Tull, L.A. Woman, do The Doors, Fireball do Deep Purple e Led Zeppelin IV (que trouxe ao mundo Black Dog, Rock and Roll e Stairway to Heaven), razão pela qual, acredito eu, tenha sido o Zarathustra relegado ao ostracismo (fora que o nome não é nada comercial).

Fuçando na internet, descobri uma outra banda alemã de nome Zarathustra, mas que nada tem a ver com esta que comento aqui. Aquela é uma banda de black metal dos anos 2000. Zueira, ao contrário do Zarathustra de 1971, que lançou um álbum repleto de músicas bem trabalhadas, com teclados nebuloso e vocais múltiplos, imitando corais (e o Uriah Heep).

Pois bem. Vão aí duas música mais a arte da capa da disco para deleite de "todos" os leitores desse blog que permanece SEM ACESSOS!!

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Lucifer Was












Uma das coisas que eu gosto na internet é ficar vasculhando sites desconhecidos a procura de música. Não só as conhecidas, mas descobrir coisas novas (outras nem tanto), que nunca fizeram muito sucesso.

E como todo mundo sabe não basta que a banda seja boa para ter sucesso, pois necessita ter apelo comercial. Muitas delas não têm.

Um exemplo disso é a banda objeto desta postagem, que tem uma história bstante interessante, além de fazer um som, no mínimo, diferente.

A banda, chamada Lucifer Was, nasceu na década de 70, formada por dois flautistas (!!!) e mais um power trio, sendo que um dos flautistas também se aventurava pelos vocais. Duas bandas claramente os influenciava: Black Sabbath, pelas guitarras distorcidas e nebulosas, em tom macabro; e o Jethro Tull, pelos vocais e as flautas doces ao estilo Ian Anderson,  que enfeitam e duelam com o estilo tétrico das guitarras.

Um detalhe:  o quinteto era norueguês(!!!!!!!).

Na época, influenciandos pelo metal do Sabbath e o progressivo do Jethro, eles gravaram um disco, chamado Underground And Beyond, que foi um total fracasso. Depois de muitas tentativas, os caras desistiram definitivament em 1977, partindo para carreiras profissionais mais triviais.

Tinha tudo para cair no esqucimento, até que em 1997  (20 anos depois),  sabe-se lá porquê, uma fita velha de uns shows parou nas mãos de um executivo da Record Heaven (que ironia), que se enlouqueceu pelo som e teve uma ideia: regravar o disco com a mesma sonoridade da década de 70! Após 20 anos, o Lucifer Was estava de volta ao mercado. 

Depois deste primeiro disco, a banda gravou mais dois e acabou definitivamente no final da década de 90,  sem emplacar (isso é que eu chamaria de falta de apelo comercial).

Mas, de qualquer forma, é uma banda que vale a pena ser conhecida. Além da capa do primeiro disco, dou uma palhinha de duas músicas extraídas deste mesmo álbum. Para quem quiser ouvir mais, o blog do Seres da Noite (que foi onde descobri este e vários outros artistas) disponibiliza o download completo do primeiro álbum (Underground And Beyond) do segundo álbum.